Comitês em defesa de Lula são lançados no RN

Mais de 30 comitês populares foram criados no Rio Grande do Norte, desde que foi marcado o julgamento do ex-presidente Lula na segunda instância pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4º região, em Porto Alegre (RS), o processo é referente ao “Triplex do Guarujá”. Os comitês já passaram mais de 15 municípios, do campo e da cidade, nos assentamentos e nas periferias, marcando uma jornada de mobilização contra a condenação do político que deve seguir até o dia 24, quando acontece o julgamento.

“A criação dos comitês está sendo um processo estadualizado, envolvendo a Frente Brasil Popular e diversas organizações, com várias atividades que vão da panfletagem até a formação política. Envolvendo muitas periferias como Nossa Senhora da Apresentação, que é um dos bairros mais populares e mais excluído de Natal, no qual construímos três comitês, além dos interiores do estado” conta o deputado estadual Fernando Mineiro (PT).

Com o mote “Eleição sem Lula é golpe”, caravanas populares e comitês são realizados em todo o Brasil nesse mês de janeiro, para Dani Nunes da Juventude do PT esse processo nacional é importante, pois “diz para a sociedade que esse ataque à democracia é também contra a população mais pobre, a juventude, as mulheres, aos LGBTs e ao povo negro. Porque o que incomoda a elite brasileira na possível candidatura do Lula é seu trabalho de inclusão social e de acesso aos direitos. Além de ser um processo nacional que leva a justiça e a constituição brasileira a sério”.

Entre os comitês criados, um dos destaques é o comitê da juventude que reuni diversas organizações do movimento estudantil, dos bairros, pastorais, partidos políticos e do campo. “A participação da juventude é importante, pois já vem construindo um calendário unitário de lutas contra o golpe. Desde a criminalização de Lula, e agora com o julgamento, aponta-se como mais uma medida de legitimação do golpe, é mais um passo no retrocesso da democracia, por isso é necessária a resistência e a agitação da juventude denunciando esse processo no Brasil”, comenta Kell Medeiros do Levante Popular da Juventude.

Por Janaína Lima/Brasil de Fato

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