Secretário diz que superlotação do HWG é sazonal e comparada com hospitais privados‏

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O secretário adjunto de Saúde Pública do RN, Haroldo Vale, disse na tarde de hoje (16), ao conceder entrevista à TV Universitária, que a situação de superlotação dos corredores dos Hospitais Walfredo Gurgel é sazonal, variando de acordo com a época do ano.  “Essa é uma realidade sazonal, hoje o Walfredo Gurgel está dessa forma em função do pós-carnaval. Mas, antes desse período, os corredores tanto do WG, quanto do Tarcísio Maia e do Deoclécio Marques estavam vazios”.

Essa mesma situação de superlotação, acrescenta o secretário, estão passando os pronto-atendimentos de todos os hospitais particulares de Natal, em que há pacientes que desistem e buscam atendimento em unidades públicas. “Mas, apesar dos corredores apertados, a assistência nos hospitais da rede pública vem sendo feita a contento, principalmente no Walfredo Gurgel que é o melhor hospital de urgência do Estado”.

Ele explica que o Walfredo Gurgel, por ser um hospital de referência para urgências e ser a maior unidade de saúde pública para atendimentos de trauma, recebe uma carga muito grande de pacientes de todo o estado. Além disso, o pronto socorro recebe rotineiramente uma demanda de casos cuja competência é de unidades de atendimento primário. “Isso provoca ainda situações complicadas como desabastecimento e sobrecarga de trabalho dos nossos profissionais”.

Para se entender melhor a situação vivida pelo HMWG em atender casos de menor complexidade, um levantamento feito pela gerência de enfermagem mostrou que, no último trimestre do ano passado, em um único mês (outubro), 962 pacientes com baixa gravidade vieram em ambulâncias do interior e foram classificados como azul ou verde – de acordo com o protocolo de Manchester, superando os 829 pacientes regulados por ambos os Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samus Natal e Metropolitano), no mesmo período.

Além disso, o alto número de pacientes clínicos atendidos no Walfredo Gurgel também influencia diretamente na quantidade de refeições, medicações, curativos, realização de exames, utilização de macas e na atenção dos profissionais, mesmo que não permaneça internado no hospital.  “Esses mesmos pacientes poderiam ser atendidos numa unidade de saúde de menor complexidade”, lembra o secretário.

A solução para essa situação, segundo o secretário adjunto da Sesap, virá com o processo de regionalização dos serviços de saúde, que já está em curso. “Com a regionalização vamos referenciar as situações de menor complexidade para as unidades com essa perfilização, como Mossoró, Pau dos Ferros, São Paulo do Potengi, Santa Cruz, São José do Mipibu e João Câmara, dentre outras. Por isso, estamos trabalhando a regionalização com muito afinco para que funcione e o Walfredo Gurgel possa ser procurado somente em casos de alta complexidade, que é o seu perfil” falou Haroldo Vale.

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