Ministro da Saúde atualiza para 127 o número de casos de intoxicação por metanol no país


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atualizou neste sábado, 4, para 127 o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas adulteradas. Segundo o ministro, o governo já adquiriu antídotos para enfrentar a crise: 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil tratamentos de fomepizol importados do Japão.

“Já se tinha um protocolo do etanol farmacêutico como antídoto reconhecido do metanol e agora traremos o fomepizol como complemento”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa realizada no Piauí.

Até o momento, foram registradas 12 mortes — uma confirmada em São Paulo e outras 11 em investigação (oito também em SP, além de ocorrências em Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul). A lista de estados com notificações cresceu nesta sexta-feira, com registros também na Bahia, no Paraná e no Distrito Federal. Em Goiás, a Secretaria de Saúde confirmou uma suspeita no município de Guarinos.

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O aumento de casos de intoxicação por metanol em diferentes regiões do país acendeu um alerta máximo entre autoridades de saúde pública e órgãos de segurança. O Ministério da Saúde já contabiliza 43 ocorrências em investigação, incluindo um óbito confirmado em São Paulo e outros sete em apuração — cinco também em São Paulo e dois em Pernambuco.

Diante do risco, especialistas têm sido categóricos: a recomendação é que a população suspenda o consumo de bebidas alcoólicas até que a origem das adulterações seja identificada. O médico Luiz Fernando Penna, do Hospital Sírio-Libanês, ressalta a gravidade do cenário: “Não sabemos ainda quais lotes ou marcas foram comprometidos. A recomendação forte é: não consumir bebida alcoólica, principalmente destilados”.

A infectologista Paula Tuma, do Hospital Albert Einstein, vai além e afirma que nem mesmo garrafas lacradas oferecem garantia de segurança. “Não beber é a melhor opção até que a investigação seja concluída”, alertou. Já a coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Regiane de Paula, enfatiza que cabe ao poder público informar e orientar, mas a decisão final é individual.

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