“22h por dia, preso”: STF autoriza deputado a inspecionar sala onde Bolsonaro está preso, e Bilynskyj fala em tortura

O Supremo Tribunal Federal autorizou o deputado federal Paulo Bilynskyj a inspecionar a sala onde o ex-presidente Jair Bolsonaro está preso. Após a visita, o parlamentar fez declarações contundentes e afirmou que as condições a que Bolsonaro está submetido configurariam tortura.

Segundo Bilynskyj, o ex-presidente passa 22 horas por dia isolado em um espaço de aproximadamente 3 metros por 4 metros, podendo deixar o ambiente apenas por duas horas diárias. O deputado comparou o regime imposto a Bolsonaro ao de presídios de segurança máxima. “Isso é tortura. Ele está em regime de solitária, algo que não existe no Brasil”, afirmou.

O parlamentar disse ainda que, ao lado da sala onde Bolsonaro permanece, funciona uma unidade de refrigeração que produz um ruído constante. Para ele, o barulho contínuo contribui para um ambiente incompatível com a saúde do ex-presidente, que tem 70 anos e comorbidades. “É um barulho permanente, dia e noite. Isso também é tortura”, declarou.

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Bilynskyj relatou que um médico entrou na sala para examinar Bolsonaro e demonstrou preocupação com as condições do ex-presidente. Segundo ele, Bolsonaro necessita de novos exames e acompanhamento médico adequado.

A autorização do STF ocorreu após solicitação da defesa, que buscava garantir transparência sobre as condições de confinamento. O tema deve continuar repercutindo no meio político e jurídico, com novos desdobramentos esperados nos próximos dias.