29 de dezembro de 201729 de dezembro de 2017

Os sinos dobraram por Robinson Faria

A gestão de Robinson Faria, na sua etapa final, assemelha-se a um calvário. Desnorteado, sem rumo e com apenas a retóricas de seus melancólicos discursos, o governador está ilhado e isolado, numa profunda cova em que sente a terra no seu rosto.

A negativa do Ministério da Fazenda, leia-se claramente Henrique Meirelles, em disponibilizar os R$ 600 milhões que aliviariam um pouco a situação de umas 300 mil pessoas do RN (servidores públicos estaduais e famílias), aceitando um “conselho” estúpido de uns burrocratas cegos de um Ministério Público de Contas do TCU, uma completa inutilidade, demonstra que a União jogou Robinson aos leões.

Os “nobres” deputados que votaram pelo Golpe e apoiam Temer, inclusive o rebento do Governador se encolhem nas sombras, junto com os dois sinistros senadores, um deles choromingou nas redes sociais, enquanto o outro parece saborear o fim político de Robinson, ele próprio um algoz do grupo que hoje vaga pela oposição.

Robinson amarga a solidão dos incompetentes políticos. Prisioneiro de uma gestão pequena, viu seus “apoiadores” se preocuparem mais com os salamaleques locais de festas de fim de ano, regadas a selfies e proselitismo rasteiro, do que com a defesa do governador. Nem seu vice se preocupa em defende-lo.

Os servidores públicos, muitos deles sufragadores do próprio Robinson, mas também dos clãs locais, devem estar de cabelo em pé. Robinson foi eleito por uma coalizão pequena, de centro-esquerda, mas no governo bandeou-se para os braços dos clãs conservadores e paga um preço por isso.

Talvez o governador espere que a memória dos potiguares seja mesmo curta e que em outubro de 2018 ele se atreva a pleitear um novo mandato já que em política, especialmente a tupiniquim, tudo é possível, mas a sua situação é mais para uma carcaça política do que para alguém que pensa em um futuro melhor.

Os sinos dobraram por Robinson, mas não sintamos “pena” dele. Foram suas opções e ações que o levaram à essa condição.

Por: Wellington Duarte / Potiguar Notícias