Amazônia precisa de ‘soluções capitalistas’, diz ministro do Meio Ambiente

Ante o crescente desmatamento no país, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo-SP), diz que a Amazônia só será preservada se forem encontradas “soluções capitalistas” que deem dinamismo econômico para a floresta e gerem renda para os cerca de 20 milhões de brasileiros que habitam a região.

Em entrevista à BBC News Brasil, Salles criticou o modo como foram criadas unidades de conservação e terras indígenas na Amazônia em governos passados – estratégia que, segundo especialistas, teve grande impacto na redução dos índices de desmatamento na floresta.

Para o ministro, a criação dessas áreas acirrou conflitos fundiários e vedou o acesso de brasileiros a uma grande porção do território nacional.

Salles foi apontado pelo físico Ricardo Galvão como um dos pivôs de sua demissão da direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no início de agosto. O ministro vinha criticando dados do órgão que têm apontado uma alta do desmatamento na Amazônia sob o governo Bolsonaro.

Os alertas de desmatamento na Amazônia do sistema Deter, do Inpe, cresceram 278% em julho em relação ao mesmo mês de 2018. Em junho, a alta havia sido de 88%.

Os dados e a demissão de Galvão ampliaram os holofotes sobre a política ambiental do governo federal, que tem recebido críticas de ambientalistas, líderes estrangeiros e até mesmo de setores do agronegócio, que temem prejuízos à imagem da produção agropecuária brasileira no exterior.

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