PT apresentou pedido de impeachment de Bolsonaro nesta quinta-feira

Foto: Beto Faro/Twitter

O PT protocolou nesta quinta-feira (21) o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O nome do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, considerado algoz do partido e autor da decisão que prendeu o ex-presidente Lula, é mencionado nove vezes na petição que a CNN teve acesso com exclusividade (leia a íntegra clicando aqui). A sigla inclusive arrola o ex-ministro como testemunha no pedido.

A peça tem 73 páginas e é assinada por mais cinco partidos (PCdoB, PSOL, PCB, PSTU e PCO ) e tem como subscritores juristas renomados, como Celso Antonio Bandeira de Mello, Mauro Meneses e Leni Strek.

São basicamente três os argumentos petistas pelo impeachment.

O primeiro ponto é a acusação do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente interferiu na Polícia Federal para proteger sua família. O partido avalia que houve crime de responsabilidade contra a probidade na administração. O PT transcreveu na peça as declarações de Moro em que acusa Bolsonaro de intervir na Polícia Federal feitas durante coletiva no dia 24 de abril em que ele deixou o cargo. Também usa trechos do seu depoimento à Polícia Federal, divulgado em primeira mão pela CNN.

O segundo ponto é o apoio do presidente a manifestações com viés antidemocrático e que pediam por exemplo o fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal e a reedição do Ato Institucional n. 5. O partido avalia que houve crime de responsabilidade do presidente por afrontar princípios constitucionais do livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e e dos poderes constitucionais dos Estados e do livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.

O terceiro ponto são as posições do presidente em relação ao combate ao novo coronavírus. O PT avalia que houve, dentre outros fatores, crime contra a segurança interna do país.

O pedido de impeachment do PT vai se somar a pelo menos outros 38 pedidos que estão na mesa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No entanto, o fato de o PT ser o maior partido de oposição e uma das maiores legendas do Congresso, acabará por fortalecer Maia no processo de reaproximação política que ele tem feito com o Palácio do Planalto.Veja matéria completa AQUI.

CNN BRASIL

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.