15 de novembro de 2020

Disputa em SP tem Covas consolidado e Boulos em ascensão nas pesquisas

As últimas pesquisas de Datafolha e Ibope para a Prefeitura de São Paulo, divulgadas na noite de ontem, alçam o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) ao segundo turno e cristalizam a ascensão de Guilherme Boulos (PSOL) como principal concorrente do tucano. Márcio França (PSB) — que também oscilou positivamente — e Celso Russomanno (Republicanos) estão empatados tecnicamente com Boulos, conforme a margem de erro.

O republicano, que começou a campanha na liderança das pesquisas, repetindo enredo de 2016 e 2012, derreteu e hoje é o que menos tem chances, numericamente, de chegar ao segundo turno. Russomanno também lidera a rejeição em São Paulo segundo os dois institutos.

No caso do Datafolha, ele tem 50% de rejeição; no Ibope, 45%. Em ambos ele é seguido por Joice Hasselmann, com 33% e 26% respectivamente nas duas pesquisas. A rejeição a Russomanno é, em parte, explicada pela rejeição ao seu principal padrinho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que também bateu 50% no último dia 12, segundo o Datafolha.

Nas duas pesquisas Covas lidera com folga. No Datafolha, que ouviu 2.987 pessoas na sexta (13) e sábado (14), ele aparece com 37% dos votos válidos, quando são excluídos os brancos e nulos — mesmo formato adotado pela Justiça Eleitoral.

Boulos apresentou oscilação. Ele registrou 17%, em comparação a 15% no começo da semana. França e Russomanno aparecem logo atrás, com 14% e 13%, respectivamente. Já nos votos totais, Covas aparece na frente com 35%, seguido de Boulos (15%), França (12%) e Russomanno (11%).

Os números também consolidam Boulos como principal candidato de esquerda na capital paulista, contrariando hegemonia histórica do PT neste espectro político.

Caso Jilmar Tatto não chegue ao segundo turno, será o pior resultado dos petistas em São Paulo desde 1985, quando Eduardo Suplicy ficou em terceiro lugar.