Pouco público em 2024 leva Lula evitar ato com centrais sindicais para esse ano e grava vídeo do ‘Dia do Trabalhador’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) decidiu não comparecer ao ato do 1º de Maio, em São Paulo, pela primeira vez neste terceiro mandato, e optou por gravar um vídeo exibido em cadeia de rádio e televisão em todo o país, na véspera do Dia do Trabalhador. Sem compromissos oficiais na agenda, o petista ficará em Brasília.
Lula será representado nos eventos sindicais pelos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, e do Trabalho, Luiz Marinho. No ano passado e em 2023, o presidente esteve nos atos conjuntos das centrais sindicais em São Paulo. O mesmo ocorreu em 2022, quando era pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Em entrevista, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, justificou a ausência. Segundo ela, Lula foi chamado para dois encontros com trabalhadores: um em São Paulo e outro em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Como não poderia ir aos dois, “decidiu falar ao povo brasileiro”, segundo a ministra.
Dessa vez, as centrais sindicais não realizarão um ato unificado, como é feito tradicionalmente na data. Na capital paulista, acontecerá o evento da Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central Sindical de Trabalhadores e Pública. A CUT participará somente como convidada e não como organizadora.
Para tentar melhorar a presença de público, foi decidido retomar os sorteios de carros. Já o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que é filiado a CUT, fará um evento paralelo, com outros sindicatos locais em São Bernardo do Campo, berço político de Lula.
No ano passado, o ato de 1º de Maio estava esvaziado. O evento organizado por centrais sindicais em São Paulo com a presença do petista reuniu 1.635 pessoas. Na ocasião, Lula compareceu acompanhado do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), que era pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
A falta de mobilização levou a uma reprimenda pública no ministro da Secretaria-Geral, responsável por convocar os movimentos sociais. “Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato, e eu disse pra ele: ‘Márcio, o ato tá mal convocado. O ato tá mal convocado’. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar’”, disse ao público.
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