Dólar oscila e volta a subir com foco no Fed, Copom e cenário internacional

Após iniciar o dia em baixa e atingir a mínima de R$ 5,6985 (-0,22%) no mercado à vista, o dólar voltou a ganhar força na manhã desta quarta-feira (7), superando novamente os R$ 5,72. A valorização da moeda americana reflete o movimento internacional em meio à expectativa pelas decisões de juros do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom).

A queda inicial foi influenciada por fatores externos positivos, como o corte de juros e de compulsório na China, o avanço das commodities (petróleo e minério de ferro) e a expectativa pelo encontro entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, marcado para ocorrer entre 9 e 12 de maio, na Suíça. O encontro deverá tratar de tarifas comerciais.

Outro fator que ajudou no alívio momentâneo do câmbio foi o cessar-fogo negociado pelos Estados Unidos com rebeldes houthis no Iêmen.

No entanto, a recuperação do dólar foi impulsionada pela valorização dos rendimentos dos Treasuries e leve recuo no preço do petróleo, além da busca por proteção antes das decisões de política monetária. Operadores também acompanham de perto os dados da economia brasileira.

A produção industrial brasileira subiu 1,2% em março, acima da projeção máxima do mercado (0,7%). Na comparação com março de 2024, houve alta de 3,1%, acumulando avanço de 1,9% no ano e de 3,1% em 12 meses.

Balanços corporativos

A Klabin reportou lucro líquido de R$ 446 milhões no 1º trimestre de 2025, queda de 3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Nos EUA, a Walt Disney registrou lucro líquido de US$ 3,28 bilhões no segundo trimestre fiscal, revertendo prejuízo de US$ 20 milhões no mesmo período de 2024. Já a Bunge Global lucrou US$ 201 milhões no 1º trimestre, recuo frente aos US$ 244 milhões de 2024. Apesar da queda, o lucro ajustado por ação (US$ 1,81) superou as expectativas (US$ 1,28), e a companhia manteve sua projeção anual em US$ 7,75 por ação.