Galho de baobá histórico se rompe em Natal e preocupa admiradores da árvore centenária

Um dos galhos do icônico Baobá do Poeta, símbolo da preservação ambiental e da memória cultural de Natal, se rompeu na semana passada, assustando moradores da região de Lagoa Seca. A árvore centenária, situada na Avenida São José, perdeu parte da sua estrutura em meio às recentes chuvas, o que gerou preocupação quanto à estabilidade da planta. O advogado e escritor Diógenes da Cunha Lima, proprietário do terreno onde está o baobá desde 1991, vem coordenando ações emergenciais para preservar o local.

O incidente mobilizou especialistas em agronomia, botânica e dendrologia, incluindo equipes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, UFRN, UFERSA e da Prefeitura de Natal. Avaliações técnicas estão sendo realizadas para verificar a presença de fungos e o estado interno do tronco, que possui estrutura oca. A possibilidade de novos rompimentos preocupa o proprietário e a comunidade, que acompanha de perto o futuro do baobá, frequentemente visitado por escolas e pesquisadores.

Considerado patrimônio afetivo da cidade, o Baobá do Poeta teria inspirado o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry na criação da obra “O Pequeno Príncipe”, segundo narrativa preservada por Diógenes. Com quase duas décadas à frente da preservação da árvore, o professor mantém viva sua história por meio de recortes, relatos e apoio da vizinhança. “É um monumento vivo da memória de Natal. Cuidar dele é uma missão coletiva”, reforça.

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