Lula reafirma que guerra em Gaza é genocídio e cobra reforma no Conselho da ONU

Durante evento do PSB no último domingo (1º), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a condenar com firmeza os conflitos em curso na Faixa de Gaza e entre Rússia e Ucrânia. Ao lado de aliados, Lula classificou a guerra em Gaza como um genocídio e reiterou que a ofensiva israelense não é apoiada pelo povo judeu, mas promovida por um governo que, segundo ele, busca impedir a criação do Estado Palestino. “Não é uma guerra entre dois exércitos iguais. É um massacre contra civis, mulheres e crianças”, afirmou.

Lula também destacou a posição do Brasil em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, reforçando a defesa do diálogo e de um acordo de paz. O presidente lembrou conversas com Vladimir Putin e criticou os altos gastos globais com armamentos diante da fome no mundo. “O planeta precisa de livros, não de armas. O mundo gastou US$ 2,4 trilhões em armas no ano passado, enquanto centenas de milhões dormem com fome”, disse, ao denunciar a desigualdade no acesso a recursos essenciais.

Além das críticas aos conflitos armados, Lula voltou a defender uma ampla reforma no Conselho de Segurança da ONU. Segundo ele, a entidade perdeu credibilidade por não conter ações unilaterais de seus próprios membros. O presidente propõe a inclusão de países como Alemanha, Índia, Japão, Brasil, México e Argentina no órgão, com o objetivo de torná-lo mais representativo e eficaz diante dos desafios globais. “Queremos um mundo melhor representado, para evitar os erros do passado e buscar soluções conjuntas”, concluiu.