Família de mulher trans acompanha júri de serial killer que matou 18 em Maceió

Familiares de Louise Gbyson Vieira de Melo, mulher trans assassinada por Albino Santos de Lima — o maior serial killer da história de Alagoas —, acompanharam na última sexta-feira (6) o júri do acusado no Fórum do Barro Duro, em Maceió. Louise era descrita como uma jovem tranquila, estudiosa e cheia de planos. Com apenas 23 anos, ela se preparava para concluir os estudos e ingressar na faculdade em 2026. A dor da perda é compartilhada com as famílias de outras 17 vítimas atribuídas ao réu, que confessou 16 dos assassinatos cometidos entre 2019 e 2024.

De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, Albino, de 47 anos, tinha como alvo jovens com menos de 25 anos. As investigações revelaram detalhes macabros: ele visitava os cemitérios onde algumas vítimas estavam enterradas e tirava selfies nas lápides. Em depoimento, o réu afirmou agir sob ordens do “Arcanjo Miguel”, que, segundo ele, o orientava nos crimes e nas visitas aos túmulos. A frieza e o padrão de comportamento reforçam seu perfil como assassino em série.

O júri popular analisa, neste momento, o caso ocorrido em 21 de junho de 2024, no bairro Ponta Grossa. Na ocasião, Albino invadiu uma casa e pediu ajuda a um casal. Ao sair, sentindo-se seguido, disparou contra Emerson Wagner da Silva, namorado da moradora, e outro rapaz. Emerson foi baleado, e o amigo conseguiu fugir. O julgamento é um marco para as famílias, que buscam justiça diante da brutalidade e da impunidade que marcaram os anos de atuação do assassino.

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