Lula se alia a potências da esquerda e defende leis globais que ampliam controle sobre a internet
Em reunião de líderes de esquerda (mundial) que antecedem encontro da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou sua aproximação com grandes potências de esquerda e defendeu a criação de regras globais para a internet. Em seu discurso, Lula destacou que as plataformas digitais “não podem ser terra sem lei” e que cabe ao poder público “proteger os mais vulneráveis”.
O chefe do Executivo brasileiro afirmou que é preciso regular o ambiente virtual, de forma que práticas já consideradas ilegais no “mundo real” sejam também punidas no digital. Segundo ele, ataques contra a regulação digital visam “encobrir interesses escusos” e proteger crimes como “fraudes, tráfico de pessoas, pedofilia e investidas contra a democracia”.
Apesar do tom de proteção social, críticos afirmam que a proposta de Lula e de seus aliados internacionais representa uma ameaça à liberdade de expressão, com o risco de abrir brechas para a censura de conteúdos e perseguição a opositores.
O presidente ainda celebrou a promulgação, na semana passada, de uma das “leis mais avançadas” sobre regulação da internet no Brasil, medida que gerou forte reação de setores da sociedade civil e parlamentares que a classificam como autoritária.
Além do tema digital, Lula também defendeu a tributação mínima global para super-ricos, afirmando que eles precisam pagar mais impostos do que trabalhadores comuns.
A fala do presidente reforça sua estratégia de alinhar o Brasil a um bloco internacional de países que buscam impor padrões globais de regulação, enquanto cresce o debate sobre os limites entre combate a crimes virtuais e a possibilidade de restrição às liberdades individuais.
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