‘Arbitrária e impossível’: Rogério Marinho critica prisão preventiva de Bolsonaro e aponta despotismo no processo

O senador Rogério Marinho classificou como “mais uma arbitrariedade” a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, efetivada neste sábado. Segundo ele, o caso é marcado por excessos e irregularidades, especialmente porque Bolsonaro estaria submetido há mais de cem dias a medidas cautelares que incluem tornozeleira eletrônica e restrições de manifestação, mesmo sem ter sido formalmente denunciado no inquérito que o envolve.

Marinho afirmou que o processo que motivou a prisão não é relacionado ao suposto “golpe de Estado”, mas a outro inquérito já denunciado pelo Ministério Público contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo — no qual Bolsonaro não teria sido incluído. Para o senador, o ministro Alexandre de Moraes “driblou” o trânsito em julgado, já que os embargos do processo principal ainda nem foram concluídos.

O parlamentar criticou também a justificativa de risco de fuga atribuída ao ex-presidente. Ele relatou ter visitado Bolsonaro recentemente e constatado forte aparato policial ao redor da residência: “Como ele poderia fugir se estava cercado pela polícia, monitorado e com mais de 70 anos, comorbidades e limitações físicas?”, questionou.

Marinho classificou como “inconstitucional” o argumento de que grupos de oração em frente à casa de Bolsonaro representariam risco institucional, destacando que a Constituição assegura liberdade religiosa e direito de reunião. Para ele, a prisão tem caráter “claramente político”, já que não se trata de corrupção ou desvio de recursos, mas de um “crime político imputado”.

O senador afirmou ainda que parte significativa da população vê a prisão com indignação e que realizá-la num sábado, com o Congresso desmobilizado, teria o objetivo de evitar reações populares. “Não há imparcialidade na condução desse processo”, disse.

1 Comentário

Aroldo

nov 11, 2025, 1:28 pm Responder

Rogério marinho é outro que merece uma vaga na papuda

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