Proposta que liberta presos do 8 de Janeiro e reduz pena de Bolsonaro para 2 anos e 4 meses é aprovada na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou, por 291 a 148, na madrugada desta quarta-feira (10.dez.2025), o PL da Dosimetria, alternativa ao PL da Anistia. O texto reduz as penas de todos os condenados pelos atos de vandalismo de 8 de janeiro e também daqueles condenados por tentativa de golpe de Estado — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O projeto segue agora para o Senado.

O relatório de Paulinho da Força (Solidariedade-SP) altera o cálculo de penas quando vários crimes são cometidos dentro de um mesmo contexto, como em ações coletivas. Hoje, as penas são somadas integralmente. Com o novo critério, passa a prevalecer a pena do crime mais grave, acrescida de uma fração que pode ir de 1/6 até metade da pena.

Com isso, duas das cinco condenações de Bolsonaro seriam unificadas: tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Prevaleceria a pena maior, referente ao golpe de Estado, com acréscimo variável.

Outro trecho prevê que o tempo de prisão em regime fechado — no caso de Bolsonaro, condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses — poderia cair para 2 anos e 4 meses, segundo o relator. Especialistas ouvidos pelo Poder360 discordam, afirmando ser impossível calcular a punição com precisão e apontando incoerências jurídicas.

O PL também determina que crimes não classificados como hediondos voltem a seguir a regra de progressão após o cumprimento de 1/6 da pena. Assim, após esse período, Bolsonaro poderá migrar para o semiaberto ou aberto, podendo obter remissão de pena caso trabalhe ou estude. O ex-presidente cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, desde 22 de novembro.

APROVAÇÃO NA MADRUGADA

O projeto estava previsto para ser votado na tarde de 3ª feira (9.dez), no entanto, uma confusão generalizada na Câmara adiou a sessão plenária. O tumulto começou quando o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) ocupou a cadeira da Presidência em protesto contra a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) de pautar, para o dia seguinte, a votação de sua cassação — incluída na mesma sessão que a de Carla Zambelli (PL-SP).

Braga afirmou que ficaria na cadeira de Motta “até o final dessa história”. Em seguida, jornalistas foram expulsos do plenário e o sinal da transmissão da TV Câmara foi cortado. O protesto terminou com o deputado sendo imobilizado com um “mata-leão” e retirado à força pelo Depol (Departamento de Polícia Legislativa).

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1 Comentário

Pedro

dez 12, 2025, 1:22 pm Responder

Existem deputados e senadores que são eleitos pra desconstruirem a tranquilidade dos brasileiros, vejam o que fizeram quebraram tudo no dia 8/1/22 no três poderes, o maior vandalismo já visto no Brasil a mando de quem? Teve um mandante, foi condenado todos que participaram do ato terrorista, agora querem criar lei pra livrar todo mundo condenados, um negócio mais vergonhoso porque pode ser registrado na história do Brasil

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