Agropecuária puxa queda de empregos formais no RN em março, aponta Caged

O Rio Grande do Norte fechou o mês de março com saldo negativo de 1.918 empregos formais, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho. A principal causa foi a retração no setor agropecuário, que encerrou 2.116 vagas, especialmente nas áreas de agricultura, pecuária, pesca e aquicultura. A queda está ligada ao fim da safra da fruticultura irrigada, atividade que tradicionalmente impulsiona contratações temporárias no estado.

O economista Thales Penha, professor da UFRN, explica que esse movimento é sazonal. Segundo ele, municípios como Mossoró, Baraúna e Apodi concentram grande parte da produção, e o pico de contratações ocorre entre setembro e fevereiro, quando acontecem as exportações de frutas como melão e manga. Já em março, com o fim da janela internacional, as demissões se intensificam. Apesar da queda no mês, o estado mantém saldo positivo de 399 empregos no acumulado de 2025.

Além da agropecuária, a indústria também registrou retração, com fechamento de 605 postos de trabalho, puxada principalmente pelos setores de derivados de petróleo e refino de açúcar. De acordo com a Fiern, a produção industrial do RN caiu 29,8% em fevereiro na comparação anual, o que impactou diretamente a demanda por mão de obra. Ainda assim, a expectativa para abril é de recuperação gradual nas admissões em alguns segmentos.

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.