Alexandre de Moraes exige portas fechadas para Cláudio Castro explicar megaoperação que desfalcou o “CV”

Durante reunião com o governador Cláudio Castro (PL) nesta segunda-feira (3), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes impôs uma série de restrições antes do início da audiência sobre a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV).

De acordo com informações apuradas pela coluna, Moraes autorizou apenas a presença dos secretários que compõem a cúpula de segurança pública do Rio de Janeiro na sala de reunião. Participaram do encontro o procurador-geral do Estado, Renan Saad, o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, e o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes.

Todos os assessores das pastas foram retirados do local antes do início da conversa. Além disso, Moraes orientou que nenhuma das autoridades concedesse entrevistas à imprensa sobre os temas tratados na audiência.

A reunião foi convocada a pedido do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), para que o governador apresentasse explicações detalhadas sobre os procedimentos e os resultados da operação.

Moraes também determinou a preservação de documentos e registros da ação policial, garantindo que o Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPU) tenham acesso às informações, permitindo o controle e a fiscalização da atuação das forças de segurança.

A decisão do ministro atendeu a um pedido da Defensoria Pública, feito na última quinta-feira (30), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

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