Ex-BOPE Rodrigo Pimentel pede que população pressione políticos para classificar facões criminosas como organizações terroristas

O assassinato do delegado Rui Ferraz Pontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, motivou uma dura manifestação do palestrante e ex-comandante do BOPE do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel. Conhecido nacionalmente como “capitão caveira”, Pimentel lamentou a morte do amigo e aproveitou o episódio para defender mudanças urgentes na legislação brasileira.

Segundo ele, Rui Ferraz Pontes foi “uma referência da polícia civil brasileira, um herói obstinado” que desarticulou diversos planos do Primeiro Comando da Capital (PCC), especialmente nos anos 2000, quando a facção planejava ataques a fóruns de Justiça em São Paulo. Pimentel destacou que o delegado sempre atuou de forma direta no combate ao crime organizado e, por isso, se tornou alvo da facção.

Para o ex-BOPE, o país precisa reconhecer a natureza do problema: “Isso não é banditismo, é ação de terror. Precisamos de uma legislação específica para enfrentar o terrorismo no Brasil”, disse. Ele ressaltou que, enquanto ministros do STF contam com proteção especial, policiais civis, promotores e juízes que atuam na linha de frente contra facções ficam expostos.

Pimentel fez um apelo direto à sociedade para que pressione a classe política a avançar nessa pauta. “Vamos convencer nossos políticos que milicianos, traficantes, PCC e Comando Vermelho são terroristas muito mais do que bandidos”, declarou.

A fala de Rodrigo Pimentel reforça o debate sobre o enquadramento jurídico das facções criminosas no Brasil e reacende a discussão sobre segurança pública, após a morte do delegado Rui Ferraz Pontes, considerado um dos principais símbolos de resistência contra o crime organizado em São Paulo.