Ex-comandantes revelam ao STF plano de golpe de Bolsonaro: minuta de intervenção e prisão de Moraes

O inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022 revelou duas versões conflitantes sobre Jair Bolsonaro. Enquanto aliados como o governador Tarcísio de Freitas descrevem o ex-presidente como “resignado” diante da derrota, ex-comandantes das Forças Armadas afirmaram que Bolsonaro participou de reuniões com propostas de intervenção e até de prisão do ministro Alexandre de Moraes.

Na última sexta-feira (30), Tarcísio e ex-ministros sustentaram que a transição de governo ocorreu de forma tranquila. No entanto, os ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Júnior, detalharam ao STF encontros em que Bolsonaro apresentou minutas golpistas. Segundo o ex-chefe da FAB, chegou-se a discutir explicitamente a possibilidade de prender Moraes como parte de um plano de ruptura institucional.

O ex-comandante do Exército confirmou o recebimento de documentos com “estudos” sobre medidas excepcionais, mas garantiu que as Forças Armadas rejeitaram qualquer ação fora da legalidade. Bolsonaro é investigado por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe e organização criminosa, que somam até 39 anos de prisão. A próxima etapa do processo será decidida pelo ministro Alexandre de Moraes, que pode convocar os réus para interrogatório ou solicitar novas diligências.

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