Fux entra na mira petista e é criticado na página oficial do partido: “Trai a democracia e a justiça”
O Partido dos Trabalhadores (PT) utilizou seu perfil oficial no X para criticar o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento da trama golpista de 8 de janeiro. O partido reagiu fortemente ao posicionamento do magistrado, que defendeu a nulidade total do processo.
No post, o PT acusou Fux de ser “contraditório” ao votar pela inocência dos réus, como políticos e militares envolvidos no caso, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O partido questiona a postura do ministro, citando, segundo eles, a incongruência em sua posição.
“É no mínimo contraditório, pois, após julgar milhares de ações relacionadas aos golpistas do 8 de janeiro — que atacaram os Três Poderes — sem questionar a competência do foro, agora, no momento de julgar quem comandou o núcleo central do golpe, ele alega que o STF não tem competência para avaliar o caso”, afirmou a legenda. O PT também acusou Fux de “trair a democracia, a justiça, as instituições brasileiras e o próprio Supremo”.
O partido de Lula começou a atacar o ministro nas redes sociais com a hashtag “Fux apoia golpista”, impulsionada por apoiadores lulistas, gerando mais de 50 mil posts.
Em contrapartida, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro reagiram com a hashtag “Fux honra a toga”, que foi mencionada em mais de 460 mil tuítes até a tarde desta quarta-feira.
A situação também gerou críticas de parlamentares governistas, como a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que disse que o voto de Fux está “100% alinhado com o que pediu a defesa do inelegível”.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) também criticou o ministro e disse: “Até o momento, Fux vai carimbando o passaporte para poder passar as férias na Disney e encontrar o Pateta”, disse.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que o ex-presidente será condenado mesmo com o posicionamento de Fux: “Bolsonaro será condenado com lisura e justiça, como manda a nossa Constituição”, afirmou.
O vereador de Belo Horizonte, Pedro Rousseff (PT-MG), sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, classificou o voto de Fux como “100% ilegal” e acusando-o de ser “capacho de Bolsonaro”.
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