Jaques Wagner propõe mandato único de cinco anos e adiamento das eleições de 2026: “O país não aguenta mais”

O senador Jaques Wagner (PT-BA), aliado próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta semana uma mudança profunda no calendário eleitoral brasileiro. Em entrevista, o parlamentar afirmou que a realização de eleições a cada dois anos “cansa a população” e compromete o funcionamento do país.

“Acabamos uma eleição em outubro do ano passado, os prefeitos tomaram posse em janeiro deste ano, e já estamos falando de 2026. Não tem quem aguente isso. O país não aguenta”, declarou.

Para Wagner, a solução seria adotar mandatos únicos de cinco anos, sem possibilidade de reeleição, e promover a coincidência geral das disputas eleitorais em um único pleito. Isso implicaria a extensão de alguns mandatos já em curso para viabilizar a transição.

“O Brasil vive de eleição em eleição. A democracia é uma festa, mas tudo em excesso atrapalha. Essa lógica de sair de um pleito já pensando no próximo é insustentável. O mal menor seria ampliar os mandatos atuais para termos coincidência e acabar com a reeleição, que não fez bem ao país”, disse o senador.

As declarações de Jaques Wagner surgem em meio ao início das movimentações políticas de 2026, quando serão escolhidos presidente da República, governadores, senadores e deputados. Para o parlamentar, contudo, o debate precoce sobre sucessão “atrapalha a gestão pública” e gera instabilidade.