Justiça do RN inicia interrogatórios de acusados pelo Massacre de Alcaçuz

A Justiça do Rio Grande do Norte começou nesta terça-feira (19) a ouvir os acusados pelas mortes de 27 presos durante a rebelião ocorrida em janeiro de 2017 no Complexo Penitenciário de Alcaçuz, em Nísia Floresta, episódio que ficou conhecido como o Massacre de Alcaçuz. Considerada a mais violenta da história do sistema prisional potiguar, a rebelião deixou uma marca de extrema brutalidade.
Segundo o Tribunal de Justiça do RN (TJRN), 15 pessoas respondem pelo crime. Um dos acusados está foragido, e os outros 14 compareceram à audiência de instrução conduzida pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas (Ujudocrim). A expectativa é que todos sejam ouvidos, além de uma testemunha de defesa, até o fim da semana. O processo corre em segredo de Justiça.
As audiências vão definir se os réus serão levados a júri popular. O massacre, resultado de um confronto entre as facções rivais PCC e Sindicato do Crime, ocorreu em um presídio superlotado, que abrigava quase o dobro da capacidade. Além das mortes registradas oficialmente, familiares de detentos afirmam que o número de vítimas pode ter sido maior, com desaparecidos e corpos em condições de extrema violência.
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