Mineiro defende Cadu Xavier para mandato-tampão caso Walter Alves não assuma governo do Estado

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) se posicionou publicamente, pela primeira vez, sobre o cenário político que pode se formar no Rio Grande do Norte caso a governadora Fátima Bezerra deixe o cargo para disputar o Senado. Segundo Mineiro, o vice-governador Walter Alves — que também é pré-candidato a deputado estadual — não demonstra interesse em assumir o governo, o que pode desencadear uma sucessão inédita no Estado.

Em declaração, Mineiro destacou que, caso Walter decida não assumir a chefia do Executivo, ele será obrigado a renunciar ao cargo. “Se Walter Alves não quiser assumir o lugar da governadora, ele vai ter que renunciar, viu? Isso não é assim? A legislação é clara”, afirmou. A partir daí, entraria em ação a linha sucessória: primeiro, o presidente da Assembleia Legislativa. Se este também não aceitar assumir, a responsabilidade recairá sobre o presidente do Tribunal de Justiça, que teria 30 dias para convocar uma eleição indireta — processo no qual a própria Assembleia escolherá o nome que conduzirá o Estado até o fim do mandato, o chamado mandato-tampão.

Diante dessa possibilidade, Mineiro revelou sua preferência para a condução do governo: o atual secretário Cadu Xavier. “Eu defendo, se for esse caso, que a Assembleia eleja o Cadu para o mandato tampão. Para esse tipo de mandato não precisa ser deputado nem deputada, basta ser um cidadão acima de 35 anos”, explicou. O deputado afirmou ainda que Cadu reúne condições técnicas e estabilidade fiscal para assumir o desafio. “Está provado que não tem nenhum risco e nem bomba fiscal nenhuma. Ele assumiria e poderia ser candidato à reeleição”, completou.

Embora Mineiro reconheça que o cenário é improvável, ele reiterou que, caso a sucessão chegue à Assembleia, defenderá que Cadu Xavier coloque seu nome à disposição para conduzir o governo até 2026.

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