Moraes marca interrogatórios de Bolsonaro e aliados por suposta trama golpista

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes marcou para 9 de junho o início dos interrogatórios dos oito réus acusados de integrar o núcleo central de uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. O primeiro a depor será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, seguido pelos demais réus em ordem alfabética, incluindo o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Os depoimentos ocorrerão presencialmente no STF, com exceção do general Walter Braga Netto, que será ouvido à distância por estar preso no Rio de Janeiro. Os réus poderão optar por permanecer em silêncio ou responder às perguntas, e ainda não há data definida para o interrogatório do ex-presidente Bolsonaro. O calendário prevê sessões entre os dias 9 e 13 de junho, com horários variados para os depoimentos.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) inclui crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado ao patrimônio público. O caso está sob análise da Primeira Turma do STF, formada por Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A PGR sustenta que o grupo agiu para desestabilizar a democracia após a derrota eleitoral de 2022.

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.