MP do “tarifaço” vira alvo de críticas por brechas fiscais e inclusão de “jabutis”; alerta Rogério Marinho, líder da oposição

A Medida Provisória conhecida como “tarifaço”, inicialmente proposta para taxar importações de forma emergencial, se transformou em alvo de críticas no Congresso e entre especialistas em economia. O texto, que deveria ter foco restrito no equilíbrio das contas públicas, acabou recebendo alterações que ampliam espaço para negociações políticas e concessões a grupos aliados do governo.

Parlamentares apontam que a MP virou um verdadeiro “balcão de negócios”, recheado de “jabutis” — pautas estranhas ao tema central — que ampliam privilégios e abrem brechas para gastos desconectados do objetivo original. Entre os pontos questionados, estão dispositivos que beneficiam sindicatos e setores próximos ao Planalto.

O impacto não é apenas político. A medida atinge diretamente o bolso da população, que já enfrenta inflação elevada e aumento no custo de vida. Críticos afirmam que o governo tem utilizado instrumentos fiscais como moeda de troca para manter sua base de apoio no Congresso, comprometendo a credibilidade da política econômica.

A oposição alerta para a falta de transparência no processo e para o risco de instabilidade fiscal gerado pelas manobras. Para analistas, o episódio reforça a percepção de que o Executivo prioriza a preservação de alianças políticas em detrimento de medidas mais responsáveis e impopulares.

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