Operação da Polícia Federal desarticula esquema milionário de fraudes e lavagem de dinheiro em Natal e Caicó
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (09), uma operação de grande porte em Natal e Caicó, na região do Seridó potiguar, para desmantelar uma organização criminosa especializada em crimes financeiros, obtenção fraudulenta de empréstimos e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada.
Segundo informações divulgadas pelos perfis sidneysilvarn e Tribuna do Norte, as investigações revelaram um esquema sofisticado que utilizava empresas inativas, “laranjas”, documentos falsos, capital social fictício e até máquinas pesadas inexistentes, usadas como garantia para empréstimos milionários. O objetivo era dar aparência de legalidade às operações ilegais e facilitar o acesso a linhas de crédito sem lastro real.
Funcionário de instituição federal participava do esquema
Um dos pontos mais graves apurados pela PF envolve a participação de um funcionário de uma instituição financeira federal. Segundo a investigação, ele teria inserido informações falsas nos sistemas internos, ignorado alertas de risco e aprovado créditos sem verificar a autenticidade dos dados. Há casos de empresas que declararam faturamento de milhões de reais sem possuir sequer um funcionário registrado.
Esse agente, ainda conforme a PF, atuava simultaneamente em dois núcleos distintos da organização, cada qual com sua própria estrutura de captação fraudulenta e lavagem de dinheiro.
Lavagem de dinheiro e ocultação de bens
Após a liberação ilegal dos valores, o grupo pulverizava o dinheiro em diversas contas bancárias e o utilizava na compra de veículos, imóveis e outros bens. Muitos desses itens eram registrados em nome de terceiros e até transportados para outros estados com o objetivo de dificultar o rastreamento pela Justiça.
Mandados, prisões e bloqueios
Na operação desta terça, oito equipes da Polícia Federal cumpriram mandados expedidos pela Justiça Federal, incluindo uma prisão preventiva, cinco temporárias, bloqueio de contas bancárias e restrições sobre veículos e imóveis.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, fraudes financeiras, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
A PF segue aprofundando as investigações para identificar outros envolvidos e rastrear o destino dos valores desviados.
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