Pai de santo e comparsas são condenados por assassinato brutal de empresária em MT

Quatro anos após o assassinato da empresária Indiana Geraldo Tardett, o Tribunal do Júri de Lucas do Rio Verde (MT) condenou, na última terça-feira (3/6), os três envolvidos no crime. Cláudio Valadares dos Santos, ex-companheiro da vítima, foi sentenciado a 24 anos de prisão. O sacerdote de candomblé Márcio Andrade dos Santos, conhecido como “Pai Baiano”, recebeu pena de 18 anos, e Jucilene Batista Rodrigues, também ligada ao grupo religioso, foi condenada a 21 anos. Juntos, os três cumprirão 63 anos e 8 meses de reclusão.

Segundo o Ministério Público, Cláudio não aceitava dividir os bens com Indiana, com quem mantinha união estável e uma empresa de manutenção de aeronaves. Insatisfeito, procurou o “Pai Baiano” e teria dito que a vítima precisava ser colocada “no caldeirão do Satanás”. O grupo atraiu Indiana até sua casa, sob o pretexto de realizar um ritual espiritual, e a matou com golpes de facão. O crime ocorreu em 31 de maio de 2021, poucos dias após a empresária registrar boletim de ocorrência contra o ex-companheiro e pedir medida protetiva.

Durante o julgamento, que durou mais de 18 horas, os réus foram condenados por feminicídio qualificado e fraude processual, após tentarem manipular a cena do crime e alegar intolerância religiosa como distração. O promotor Samuel Telles Costa afirmou que a condenação é uma resposta firme à brutalidade do caso. Os três réus seguirão presos e não poderão recorrer em liberdade.

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