Pastor é suspeito de matar prefeito de João Dias e cogitou executar crime durante culto; Ex-prefeita segue foragida
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte identificou na tarde desta sexta-feira (27) o homem que foi preso na Operação Profanos suspeito de envolvimento na morte do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira, e de seu pai, Sandi Alves de Oliveira, em agosto deste ano.
O preso trata-se de Marcelo Alves da Silva, que é pastor evangélico. Segundo as investigações, ele foi um dos mentores do assassinato do prefeito e também ajudou a executar o crime. Ele seria responsável pela logística.
Além do pastor, a Polícia Civil identificou outros cinco mandantes, que são todos considerados foragidos. Entre eles, estão a ex-prefeita Damária Jácome (que foi candidata a prefeita nas eleições deste ano) e a vereadora reeleita Leidiane Jácome, irmã da ex-prefeita.
Detalhes da investigação foram divulgados em uma coletiva de imprensa na sede da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), em Natal. O delegado Alex Wagner, da Divisão de Polícia Civil do Oeste (Divipoe), esclareceu que a operação continua nos próximos dias, para buscar os outros suspeitos.
Ao todo, segundo a Polícia Civil, foram seis mentores do crime:
-Damaria Jacome de Oliveira: ex-prefeita de João Dias
-Leidiane Jacome de Oliveira: irmã da ex-prefeita
-Weverton Claudino Batista
-Marcelo Alves da Silva: pastor evangélico
-Olanir Gama da Silva (Véi)
-Carlos André Claudino (Carlinhos)
De acordo com as investigações, a motivação para o crime seria uma disputa entre as famílias de Marcelo Oliveira e Damária Jácome. Os dois foram candidatos juntos em 2020 – ele foi eleito como prefeito e ela, vice. Os dois romperam politicamente depois, e Marcelo chegou a renunciar ao mandato alegando que estava sendo coagido pela vice. Depois, a Justiça autorizou a volta dele ao cargo, após reconhecer que a renúncia se deu sob ameaça.
A operação foi batizada de Profanos porque, segundo as investigações, os mandantes chegaram a cogitar realizar o assassinato durante um culto religioso. Na avaliação dos bandidos, seria mais fácil matar o prefeito nessa circunstância pois ele estaria mais vulnerável sem a presença de seguranças armados que sempre o acompanhavam.
2 Comentários
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Joana
dez 12, 2024, 7:21 pmPor essas e outras tenho medo desses religiosos fanáticos que interferem na política. O ex está aí, não ver quem não quer, esses religiosos e militares tentaram até acabar nossa democracia que ainda está correndo risco
Pedro
dez 12, 2024, 8:34 amSe o prefeito tivesse abastecendo esse pastor do mal com dinheiro, nao teria acontecido o crime