PF abre inquérito para investigar caso das joias dadas a Bolsonaro
A Polícia Federal (PF) abriu nesta segunda-feira (6/3) um inquérito para investigar as tentativas do governo Bolsonaro (PL) de entrar ilegalmente com joias da Arábia Saudita no Brasil. Os objetos, avaliados em R$ 16,5 milhões, seriam um presente do governo saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A investigação vai correr em São Paulo, na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários. Isso porque os objetos foram apreendidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde permanecem, a despeito das várias tentativas do governo Bolsonaro de reavê-las.
De acordo com a PF, o inquérito correrá sob segredo de Justiça, com previsão de conclusão para 30 dias. Caso seja necessário, esse prazo pode ser prorrogado. A investigação acontece por solicitação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, assinada pelo ministro Flávio Dino (PSB-MA) e encaminhada a Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF.
De acordo com o texto do ofício, matérias da imprensa e documentos indicam o ingresso de joias de “elevado valor” em território nacional, transportadas por ex-ministro de Estado e um de seus assessores, sem os procedimentos legais.
“Os fatos, da forma como se apresentam, podem configurar crimes contra a Administração Pública tipificados no Código Penal, entre outros. No caso, havendo lesões a serviços e interesses da União, assim como à vista da repercussão internacional do itinerário em tese criminoso, impõe-se a atuação investigativa da Polícia Federal”, escreveu Flávio Dino no documento.
Metrópoles
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