Polícia deve investigar falta de acionamento de serviços do Estado após comerciário ter sido esfaqueado no bairro Walfredo Gurgel – Caicó
A morte do comerciário Erinaldo Alexandre Santos, natural de São Fernando, funcionário de uma hamburgueria na zona oeste, levanta questionamentos graves sobre a ausência de socorro especializado na madrugada desta terça-feira (03). Esfaqueado por volta de 1h no bairro Valfredo Gurgel, ele não recebeu atendimento do SAMU, Corpo de Bombeiros ou Polícia Militar no local.
Informações apuradas pelo blog Jair Sampaio dão conta que pessoas no entorno da vítima teriam sido impedidas de acionar os serviços públicos, possivelmente por determinação de uma facção criminosa que atua no setor. Diante disso, o próprio patrão de Erinaldo realizou o transporte para o Hospital Regional do Seridó — percurso que deveria ter sido feito por profissionais treinados e equipados.
A Polícia Militar só foi informada da ocorrência quando Erinaldo já havia dado entrada no hospital. Minutos após a chegada, veio a confirmação da sua morte. A pergunta que fica é inevitável: se uma equipe especializada tivesse sido acionada no momento correto, Erinaldo poderia ter sobrevivido?
A interferência do crime organizado, caso confirmada, representa ameaça direta ao Estado e à população. Impedir o acionamento de serviços essenciais não apenas compromete investigações, mas retira da vítima a chance de um atendimento adequado, que poderia ter salvado sua vida.
Escreva sua opinião
O seu endereço de e-mail não será publicado.