Presença de bebê no plenário impede ação da Polícia Legislativa contra deputados em protesto
A Câmara dos Deputados viveu um episódio inusitado e tenso nesta quarta-feira (6), quando a Polícia Legislativa se preparava para retirar, à força, um grupo de parlamentares que ocupava o plenário em forma de protesto. No entanto, a ação foi suspensa devido à presença da deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), que estava acompanhada de sua bebê.
Segundo informações de bastidores, a Polícia Legislativa foi acionada para intervir e retomar o controle do plenário, ocupado por deputados da oposição contrários à condução dos trabalhos e a determinadas pautas em tramitação. A operação foi considerada delicada e exigia cautela para evitar qualquer confronto físico ou desdobramento negativo.
Contudo, ao notarem que a deputada Júlia Zanatta estava no centro do plenário com sua filha de colo, os agentes recuaram. A presença da criança impossibilitou a retirada imediata dos parlamentares, diante do risco de colocar em perigo a integridade da bebê.
Fontes ligadas à Mesa Diretora da Câmara confirmaram que a situação criou um impasse, forçando os líderes da Casa a buscar uma solução política para o conflito, evitando o uso da força diante da sensibilidade do momento.
Júlia Zanatta, uma das vozes mais atuantes da bancada conservadora, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio. A presença de seu bebê no plenário não é ilegal e, inclusive, já gerou debates anteriores sobre a adaptação dos espaços do Legislativo para mães parlamentares.
O episódio reacende discussões sobre os limites da atuação da Polícia Legislativa em situações de protesto, bem como sobre o uso do espaço do plenário para manifestações políticas por parte dos próprios deputados. A oposição considera a ação um ato legítimo de resistência, enquanto aliados do governo acusam os manifestantes de tumultuar os trabalhos da Casa.
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