Preso, Braga Netto depõe por videoconferência ao STF sobre plano de golpe

O general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, prestou depoimento por videoconferência ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira, 10, no processo que investiga um suposto plano de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro de 2024, acusado de tentar interferir nas investigações e ter acesso indevido a documentos sigilosos relacionados à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o ex-ministro teria participado do planejamento do chamado “Punhal Verde Amarelo”, um esquema que, segundo a apuração, previa o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Braga Netto também é apontado como participante de reuniões com outros envolvidos antes da posse presidencial, com o objetivo de impedir a posse e o cumprimento do resultado eleitoral.

O depoimento integra a ação penal que apura articulações de militares e ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro contra a ordem constitucional. A investigação busca esclarecer a extensão das tentativas de golpe e a participação de diversas autoridades e agentes na trama contra o processo democrático do país.

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