Sobe para 13 o número de pessoas sintomáticas após comer peixe em Natal

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal confirmou que subiu para 13 o número de pessoas que apresentaram sintomas após consumirem peixe em um restaurante da cidade. O Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) está conduzindo a investigação do caso e aguarda os resultados das análises realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN). A principal suspeita é que os casos estejam relacionados à ingestão de ciguatoxina, substância responsável pela ciguatera, uma forma de intoxicação alimentar causada por toxinas presentes em certos peixes de recife.
Segundo o diretor do DVS, José Antônio, a conclusão da investigação pode demorar mais de 30 dias devido à complexidade da análise. Apesar disso, ele afirmou que, do ponto de vista epidemiológico, a parte mais importante já foi realizada, com 34 das 35 pessoas que consumiram o peixe sendo contatadas pelas autoridades. A vigilância também indicou que o restaurante tomou todas as providências necessárias e que a intoxicação não ocorreu por falha no preparo do alimento, já que a ciguatoxina é resistente ao calor e não é eliminada por cozimento ou congelamento.
A ciguatera ocorre quando os peixes se contaminam ao se alimentarem de algas tóxicas, acumulando a substância em seus tecidos. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, diarreia, dores musculares e alterações neurológicas, como a reversão térmica — sensação invertida de quente e frio. Não há antídoto específico para a toxina, e o tratamento é baseado no alívio dos sintomas. As autoridades seguem monitorando os pacientes e reforçam a importância de rastrear a origem dos peixes comercializados, especialmente os de espécies mais suscetíveis à contaminação.
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