Com três medidas do ajuste fiscal, Temer atinge em cheio o bolso do funcionalismo

As duas medidas provisórias de ajuste fiscal enviadas ao Congresso pelo presidente Michel Temer, na segunda-feira (30), devem injetar cerca de R$ 13,2 bilhões nos cofres da União, graças a uma combinação de aumento de arrecadação e corte de despesas.

Uma delas atinge em cheio o bolso do funcionalismo público federal, com elevação na contribuição previdenciária, congelamento de reajustes e mudanças no pagamento do auxílio-moradia. 

As mudanças são consideradas impopulares pelos parlamentares, preocupados já com as eleições de 2018, mas tidas pela equipe econômica como necessárias para equilibrar o Orçamento do ano que vem. Os servidores, claro, não gostaram nada disso.Mais >

Pesquisa Datafolha aponta que 77% das pessoas acham que inflação vai aumentar

Para 63% dos entrevistados pelo Datafolha, o ajuste fiscal atinge mais os pobres do que os ricos. O instituto quis saber ainda sobre a expectativa da população em relação à melhora da economia.

Para 53%, a situação vai piorar ainda mais, 25% acham que fica como está e apenas 19% disseram ter confiança de que o quadro tende a melhorar. Quanto à inflação, um dado assustador: 77% acham que vai aumentar.