Mesmo com shows de Gilberto Gil, Caetano, Chico Buarque e Djavan, ato contra anistia não bateu o ato pró-anistia, diz levantamento da USP


O Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common, calculou em 42,4 mil pessoas o público da manifestação contra a PEC da Blindagem e a anistia a condenados por atos antidemocráticos e tentativa de golpe de estado na Avenida Paulista, neste domingo (21/9), já o ato com apoiadores de Bolsonaro na Paulista no dia 07 de setembro reuniu 42,2 mil pessoas, segundo a mesma metodologia da USP.

Com margem de erro de 12%, segundo o levantamento, no momento de pico, o público ficou entre 37,3 mil e 47,5 mil participantes. Só para efeito de comparação, a manifestação pró-anistia convocada pelo pastor Silas Malafaia ao lado de bolsonaristas contou com 42,2 mil pessoas. A contagem foi feita a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.

Manifestantes ocupam as ruas de diversas cidade no Brasil, neste domingo (21/9), e protesto à anistia a envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro e à PEC da Blindagem, aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados, na última terça-feira (16/9). Em São Paulo, o ato acontece na Avenida Paulista. Na concentração, foram empunhados cartazes e estendidas faixas de movimentos sociais e sindicatos.

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Hoje: ato contra anistia ao caixa 2 e foro privilegiado

Passado quase um ano desde que o processo de destituição de Dilma Rousseff foi iniciado na Câmara dos Deputados, grupos como o Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre (MBL) convocam a primeira manifestação de 2017.

Os movimentos, protagonistas do impeachment nas ruas, agora colocam o Congresso no foco dos ataques: O protesto deste domingo, convocado em dezenas de cidades, estará mais centrado na oposição à anistia ao caixa 2, ao voto em lista fechada, ao financiamento público de campanha e ao foro privilegiado.

Os temas estão alinhados com a Operação Lava Jato, que investiga a corrupção proveniente de caixa 2, mas não tem a força-tarefa mais como tema principal.Mais >