Cardozo: Dilma não se curvará e lutará até o fim

 Ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo - Foto: Divulgação
Ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo – Foto: Divulgação

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse na madrugada desta segunda-feira que o governo recebeu com “tristeza e indignação” a decisão tomada pela Câmara dos Deputados de autorizar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mas garantiu que a mandatária lutará até o fim por seu mandato.

O ministro foi escalado pelo governo para dar declarações depois do final da sessão na Câmara dos Deputados, mas afirmou que nesta segunda-feira a própria presidente falará com a imprensa.

De acordo com Cardozo, o governo estuda novas ações no Supremo Tribunal Federal, dessa vez para discutir “a falta de justa causa” para o impeachment, o que será decidido no “momento oportuno”. Apesar de o governo ter perdido o mandado de segurança que impetrou na semana passada, pedindo a suspensão da votação na Câmara por ver vícios no processo, o ministro afirmou que o fato de o STF ter restringido a denúncia apenas às pedaladas fiscais foi bom para o governo.Mais >

Oposição denuncia governo por compra de voto; Planalto rebate

 Na imagem: Para Cardozo, governo tem direito de nomear cargos dentro daquilo que considera ser a formação da base / Ueslei Marcelino/Reuters
Para Cardozo, governo tem direito de nomear cargos dentro daquilo que considera ser a formação da base / Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Deputados pró-impeachment acusam o governo de aliciar políticos com cargos e promessas. PPS, DEM, PTB, PSDB e PSC acusam o governo de praticar corrupção ativa, corrupção passiva e desvio de finalidade. A denúncia foi apresentada à Polícia Federal, já que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não tem plantão no fim de semana.

O ministro-chefe da Advocacia Geral da União, José Eduardo Cardozo, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que “não tem nenhuma ilegalidade” nas nomeações que o governo federal está fazendo e foram publicadas no Diário Oficial extra deste sábado, 16, e “muito menos” no decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff (PT) transferindo terras da União para o Amapá.

Cardozo disse ainda que o que a oposição está fazendo é crime de denunciação caluniosa. “Francamente, chamar de corrupção a nomeação para cargos, eu acho que é uma verdadeira denunciação caluniosa, que é crime também”, ironizou. Mais >