Comentário de jornalista da Globo expõe temor no mercado e no governo: candidatura de Flávio Bolsonaro pode impedir vitória de Lula no 1º turno


A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência, anunciada na última sexta-feira (5), provocou um forte abalo no cenário político e econômico, segundo análise de uma jornalista da Globo. Para ela, o movimento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro acendeu um alerta tanto no Centrão quanto no mercado financeiro — especialmente entre nomes influentes da chamada Faria Lima — por dificultar os planos do governo Lula de garantir uma vitória ainda no primeiro turno.

De acordo com a jornalista, a reação foi imediata: “Líderes do Centrão e presidentes de partidos receberam muitos telefonemas do mundo econômico, e não era dúvida, era revolta. A avaliação é de que Flávio quebrou uma construção política em andamento para lançar um nome forte e competitivo para o segundo turno.”

A análise se apoia em números recentes das pesquisas. A Quest aponta que a pulverização da direita reduz as chances de Lula vencer no primeiro turno. Já o Datafolha mostra que o presidente tem 44% de rejeição, índice que dificulta uma vitória antecipada. “É muito improvável Lula vencer no primeiro turno hoje; porém, a dispersão de candidaturas da direita garante quase automaticamente uma disputa no segundo turno”, afirmou.

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Ciro Nogueira diz que Flávio é o melhor “herdeiro político” de Bolsonaro e confirma negociação


O presidente nacional do Progressistas, o senador Ciro Nogueira, afirmou que os principais líderes partidários do Centrão devem se reunir com o senador Flávio Bolsonaro (PL) para discutir a pré-candidatura do filho do ex-presidente da República. Na última sexta-feira (5), o senador lançou o próprio nome como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026 com o aval do pai, Jair Bolsonaro (PL). 

Durante visita ao diretório estadual do PP no Paraná, Nogueira disse que é amigo pessoal de Flávio e que considera o filho 01 de Bolsonaro como o principal “herdeiro político” do ex-presidente. No entanto, o senador do PP pondera que as articulações políticas para vencer Lula nas eleições no próximo ano não podem levar em consideração escolhas baseadas em opiniões pessoais.

“Se eu tivesse que escolher um nome, não tenha dúvida, seria o senador Flávio pela minha relação próxima a ele. Mas política não se faz só com amizade, se faz com pesquisa, com viabilidade e ouvindo os partidos aliados. Isso não pode ser uma decisão apenas do PL, tem de ser uma decisão construída”, defende.

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Flávio Bolsonaro rebate Lindbergh e ironiza: “Condenado por roubar, arrotando moralidade”


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu nesta terça-feira (26) ao pedido do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) para reforço policial na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, alegando risco de fuga. Flávio lembrou a condenação de Lindbergh por improbidade, afirmando que ele só exerce o mandato por uma liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF.

O senador também acusou o Supremo e o Ministério Público de perseguirem Bolsonaro e ironizou a ideia de um porteiro da PF na residência do pai.”Ultrapassaram o limite do uso da máquina pública. Tentam manchar a imagem dele, mas os fatos se impõem”, disse.

Líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias (RJ) celebrou nesta terça-feira a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize um “monitoramento em tempo integral” das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi tomada após o petista afirmar à PF que havia risco de fuga do ex-mandatário, que está em prisão domiciliar e na semana que vem começará a ser julgado pela acusação de tentativa de golpe. “Não vai fugir”, escreveu o parlamentar em postagem nas redes sociais.

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PF convoca Bolsonaro para depor sobre financiamento de filho nos EUA; Vídeo


A Polícia Federal marcou para a próxima quinta-feira (5), às 15h, o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que apura possíveis financiamentos de atividades de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos. A investigação gira em torno de supostas articulações feitas por Eduardo com aliados do ex-presidente Donald Trump para pressionar autoridades brasileiras, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo documentos obtidos pela PF, Eduardo Bolsonaro manteve contato com assessores de Trump entre 2022 e 2023. A investigação apura se houve tentativa de deslegitimar decisões do STF e se valores não declarados foram usados para custear estadias e eventos no exterior. Entre as provas já reunidas estão extratos bancários de empresas ligadas à família Bolsonaro, registros de hospedagens em hotéis de luxo e trocas de mensagens com interlocutores norte-americanos.

A defesa de Jair Bolsonaro afirmou que o ex-presidente comparecerá normalmente ao depoimento e negou qualquer irregularidade. Já o Ministério Público Federal avalia se as ações podem configurar interferência estrangeira em assuntos internos do Brasil. Eduardo Bolsonaro, atualmente licenciado da Câmara, ainda não foi formalmente convocado para depor, mas a PF pretende ouvir outros cinco investigados até o fim de junho.

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Justiça suspende quebra de sigilo de empresa no caso Flávio Bolsonaro

O desembargador Antônio Amado, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, suspendeu as quebras de sigilos bancário e fiscal da empresa MCA Exportação e Participações e um de seus sócios, alvos da investigação que envolve o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

A liminar foi concedida na sexta-feira (14) na análise do mandado de segurança apresentado pela firma e por Marcelo Cattaneo Adorno, um de seus sócios. Os termos da decisão são mantidos sob sigilo. O mérito do caso ainda será apreciado pela 3ª Câmara Criminal.

Em novembro de 2010, a MCA adquiriu de Flávio Bolsonaro 12 salas comerciais em construção 45 dias depois do senador ter firmado escritura para obter os direitos sobre sete desses imóveis. Na operação, o filho do presidente Jair Bolsonaro lucrou R$ 504 mil, segundo o Ministério Público.Mais >

Ministro do STF suspende investigação sobre Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Os argumentos usados no recurso e na liminar não foram revelados, porque o procedimento tramita em segredo de justiça. A decisão acontece dois dias após o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, dizer que Queiroz poderia ser denunciado mesmo sem depor no inquérito –o ex-assessor faltou duas vezes a depoimentos do Rio e, em razão de tratamento médico, não tinha previsão para ser ouvido.

A decisão que suspende as investigações foi tomada por Fux pois o ministro, que é vice-presidente do Tribunal, assumiu o plantão durante o recesso judiciário no último dia 14. Durante o plantão, geralmente são decididos apenas casos urgentes. O STF retorna aos trabalhos em 1º de fevereiro, quando o processo deverá ser analisado por Marco Aurélio Mello.Mais >

Especialistas afirmam que “ausência” de Bolsonaro pode ajudá-lo no 1º turno

A cirurgia de emergência de Jair Bolsonaro (PSL) na noite de quarta-feira levou os aliados a reavaliarem as estratégias de campanha durante o período de internação do presidenciável. No grupo, apesar da torcida pela definição da corrida eleitoral ainda no primeiro turno, a preocupação é com a segunda etapa do pleito. Primeiro, pelos altos índices de rejeição do deputado federal. Depois, pela possibilidade de ele permanecer no hospital por um período maior do que o previsto inicialmente. Em meio ao debate interno, fica exposta a divisão dos correligionários mais próximos do capitão reformado do Exército.

A dificuldade é sobre como fazer uma campanha intensa com o presidenciável no hospital, longe das ruas e dos debates, decisivos no segundo turno, pois colocam frente a frente os dois candidatos restantes na disputa. “É claro que é uma preocupação, mas essa campanha é tão insólita que deixar o púlpito vazio ou mesmo fazer transmissões de vídeo-conferências do hospital pode criar uma simpatia única e arrasadora em favor de Bolsonaro”, afirma um dos integrantes da tropa de estrategistas de Bolsonaro, que defende a não substituição do presidenciável por um aliado, por exemplo, o vice na chapa, general Hamilton Mourão.Mais >

Flávio Bolsonaro admite gravidade do quadro de saúde do pai

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse hoje (13) que o quadro de saúde de seu pai, o candidato à Presidência da República pelo PSL Jair Bolsonaro, ainda é “muito grave”, embora estável.

Segundo ele, a maior preocupação é com o risco de infecções, já que a cirurgia realizada na noite de ontem foi “bastante invasiva”.

Flávio Bolsonaro concedeu entrevista à rádio 97,1 FM do Rio de Janeiro e falou por quase duas horas. “Está difícil para a gente da família fazer campanha porque a cada momento há um fato novo”, disse. “Por causa de um atentado contra o meu pai, a gente tem de se readaptar.”Mais >

Flávio Bolsonaro apaga tuíte de condolências à família de Marielle

Flávio Bolsonaro, deputado estadual no Rio, apagou de seu Twitter uma mensagem em que prestava condolências às famílias de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes, registra a Folha.

“Meus sentimentos às famílias da vereadora Marielle Franco e de seu motorista. Apesar de profundas divergências políticas, sempre tive relação respeitosa com ela. A impunidade e a legislação penal frouxa seguem estimulando a violência”, dizia a mensagem.

Para o chefe de gabinete do deputado, Miguel Angelo Braga, ele pode ter ficado preocupado com as interpretações negativas do tuíte. O pai de Flávio, Jair, já disse que não tem nada a declarar sobre o caso.