Justiça suspende quebra de sigilo de empresa no caso Flávio Bolsonaro

O desembargador Antônio Amado, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, suspendeu as quebras de sigilos bancário e fiscal da empresa MCA Exportação e Participações e um de seus sócios, alvos da investigação que envolve o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

A liminar foi concedida na sexta-feira (14) na análise do mandado de segurança apresentado pela firma e por Marcelo Cattaneo Adorno, um de seus sócios. Os termos da decisão são mantidos sob sigilo. O mérito do caso ainda será apreciado pela 3ª Câmara Criminal.

Em novembro de 2010, a MCA adquiriu de Flávio Bolsonaro 12 salas comerciais em construção 45 dias depois do senador ter firmado escritura para obter os direitos sobre sete desses imóveis. Na operação, o filho do presidente Jair Bolsonaro lucrou R$ 504 mil, segundo o Ministério Público.Mais >

Ministro do STF suspende investigação sobre Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Os argumentos usados no recurso e na liminar não foram revelados, porque o procedimento tramita em segredo de justiça. A decisão acontece dois dias após o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, dizer que Queiroz poderia ser denunciado mesmo sem depor no inquérito –o ex-assessor faltou duas vezes a depoimentos do Rio e, em razão de tratamento médico, não tinha previsão para ser ouvido.

A decisão que suspende as investigações foi tomada por Fux pois o ministro, que é vice-presidente do Tribunal, assumiu o plantão durante o recesso judiciário no último dia 14. Durante o plantão, geralmente são decididos apenas casos urgentes. O STF retorna aos trabalhos em 1º de fevereiro, quando o processo deverá ser analisado por Marco Aurélio Mello.Mais >

Especialistas afirmam que “ausência” de Bolsonaro pode ajudá-lo no 1º turno

A cirurgia de emergência de Jair Bolsonaro (PSL) na noite de quarta-feira levou os aliados a reavaliarem as estratégias de campanha durante o período de internação do presidenciável. No grupo, apesar da torcida pela definição da corrida eleitoral ainda no primeiro turno, a preocupação é com a segunda etapa do pleito. Primeiro, pelos altos índices de rejeição do deputado federal. Depois, pela possibilidade de ele permanecer no hospital por um período maior do que o previsto inicialmente. Em meio ao debate interno, fica exposta a divisão dos correligionários mais próximos do capitão reformado do Exército.

A dificuldade é sobre como fazer uma campanha intensa com o presidenciável no hospital, longe das ruas e dos debates, decisivos no segundo turno, pois colocam frente a frente os dois candidatos restantes na disputa. “É claro que é uma preocupação, mas essa campanha é tão insólita que deixar o púlpito vazio ou mesmo fazer transmissões de vídeo-conferências do hospital pode criar uma simpatia única e arrasadora em favor de Bolsonaro”, afirma um dos integrantes da tropa de estrategistas de Bolsonaro, que defende a não substituição do presidenciável por um aliado, por exemplo, o vice na chapa, general Hamilton Mourão.Mais >

Flávio Bolsonaro admite gravidade do quadro de saúde do pai

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse hoje (13) que o quadro de saúde de seu pai, o candidato à Presidência da República pelo PSL Jair Bolsonaro, ainda é “muito grave”, embora estável.

Segundo ele, a maior preocupação é com o risco de infecções, já que a cirurgia realizada na noite de ontem foi “bastante invasiva”.

Flávio Bolsonaro concedeu entrevista à rádio 97,1 FM do Rio de Janeiro e falou por quase duas horas. “Está difícil para a gente da família fazer campanha porque a cada momento há um fato novo”, disse. “Por causa de um atentado contra o meu pai, a gente tem de se readaptar.”Mais >

Flávio Bolsonaro apaga tuíte de condolências à família de Marielle

Flávio Bolsonaro, deputado estadual no Rio, apagou de seu Twitter uma mensagem em que prestava condolências às famílias de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes, registra a Folha.

“Meus sentimentos às famílias da vereadora Marielle Franco e de seu motorista. Apesar de profundas divergências políticas, sempre tive relação respeitosa com ela. A impunidade e a legislação penal frouxa seguem estimulando a violência”, dizia a mensagem.

Para o chefe de gabinete do deputado, Miguel Angelo Braga, ele pode ter ficado preocupado com as interpretações negativas do tuíte. O pai de Flávio, Jair, já disse que não tem nada a declarar sobre o caso.