Inflação avança 5,35% em 12 meses e estoura teto da meta para 2025; dados do IPCA foram divulgados hoje. Entenda


Os preços de bens e serviços do país avançaram 0,24% em junho — o que representa um recuo de 0,02 ponto percentual em comparação a maio (0,26%). Em 12 meses até junho, a inflação acumula alta de 5,35%, confirmando o estouro da meta em 2025.

A meta para 2025 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual, com piso de 1,5% e teto de 4,5%, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.

É a primeira vez que a meta será descumprida no novo regime, que utiliza o acumulado de 12 meses, chamado de meta contínua. Se o acumulado ficar acima do fixado por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

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Desempenho do IPCA aumenta a chance de novo corte na Selic

“O IPCA variou 0.19% no mês de julho de 2019, o melhor resultado para este mês desde 2014.  Tivemos praticamente todos os subcomponentes com variação negativa ou pequena alta, com exceção de habitação (+1.2% no mês) e comunicação (+0.57% no mês).  Além disso, no acumulado de 12 meses observemos a desaceleração do indicador de 3.37% até junho para 3.22%.

De modo geral, o IPCA segue em trajetória benigna, com o acumulado em 12 meses bem abaixo do centro da meta para este ano de 4.25%. Vale lembrar ainda que, o valor acumulado é também inferior às metas estabelecidas para o IPCA nos próximos anos. Em suma, o desempenho do IPCA em conjunto com a aprovação esta semana da Reforma da Previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados aumentam as chances de novos cortes da taxa Selic.”

Inflação já beira o limite de tolerância de 6,5%

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Apenas metade do ano se passou, mas o índice oficial de inflação já beira o limite de tolerância de 6,5% da meta perseguida pelo governo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,17% no ano até junho, o maior resultado para o período desde 2003, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem.

A notícia positiva é que o pior do reajuste dos administrados já passou, notou o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. “O aumento de administrados parece que já está mapeado, o que tem em aberto é o preço da gasolina. A maioria das projeções já trabalha com aumento de combustíveis.