Recursos das Forças Armadas caem 44% e militares preveem “colapso”

Em meio à discussão da mudança da meta fiscal e de corte de gastos, as Forças Armadas pressionam pela recomposição no Orçamento, que nos últimos cinco anos sofreu redução de 44,5%. De 2012 para cá, os chamados recursos “discricionários” caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. Os valores não incluem gastos obrigatórios como alimentação, salários e saúde dos militares.

Segundo o comando das Forças, neste ano, houve um contingenciamento de 40%, e o recurso só é suficiente para cobrir os gastos até setembro. Se não houver liberação de mais verba, o plano é reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas. Atualmente, já há substituição do quadro de efetivos por temporários para reduzir o custo previdenciário. Integrantes do Alto Comando do Exército, Marinha e Aeronáutica avaliam que há um risco de “colapso”.

A Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército, responsável por monitorar o uso de explosivos, está sendo atingida. Perdeu parte da capacidade operacional para impedir o acesso a dinamites por facções como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho, que roubam bancos e caixas eletrônicos.

O Comando do Exército confirmou ao Estado que o contingenciamento reduz “drasticamente” a fiscalização do uso de explosivos, abrindo caminho para o aumento de explosões de caixas. A DFPC é um dos órgãos das Forças Armadas de apoio ao sistema de segurança pública atingidos pela falta de recursos.

A diretoria está tendo dificuldades de manter operações e combater desvios de explosivos para o crime organizado. No mês passado, a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) esteve na Comissão de Segurança Pública da Câmara para pedir maior combate ao crime organizado. Há 23 mil agências e 170 mil terminais de autoatendimentos no País. Só neste mês, quadrilhas destruíram com dinamites agências em Lindoia (SP), em Indaiatuba (SP) e em Capelinha (MG). Em junho, os bandidos agiram em Brasília – são 22 ações desde 2016 no Distrito Federal.

Presidente Michel Temer disse estar tomando medidas em relação ao contingenciamento. “Nós queremos devolver dinheiro, digamos assim, para os vários setores da administração e, em particular, às Forças Armadas”, afirmou.Mais >

Tião Couto articula frente do setor produtivo para 2018

Cotado para disputar o Governo do Estado nas eleições de 2018, o empresário Tião Couto (PSDB) tem coordenado um grupo de lideranças do setor empresarial na construção de um projeto político para sugerir alternativas para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e para a solução de problemas crônicos enfrentados pelo estado.

Questionado pela reportagem do Portal Agora RN/Agora Jornal sobre a possibilidade de ele próprio concorrer ao cargo de governador no pleito do ano que vem, ele afirma que fica “feliz” com a possibilidade que vem sendo especulada, mas registra que outro nome do referido grupo pode ser escolhido para a tarefa.

“Estamos convocando a classe produtiva do Rio Grande do Norte para pensar soluções para o estado, como fizemos em Mossoró, onde juntamos empresários, profissionais liberais e demais interessados para discutir a situação atual e encontrar uma saída. Fico feliz de citarem meu nome, mas é possível que encontremos outros nomes, até porque sozinho não é possível resolver os problemas”, conta.Mais >