Moro diz que nova prisão de Léo Pinheiro não tem relação com acordo de delação

SÉRGIO MORO AGORA 600

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, disse que a nova prisão do ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, não tem relação com a suspensão das negociações do acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

Na decisão em que autorizou a medida, Moro afirmou que a prisão “nada afeta essa questão e eventual retomada da negociação”. O empreiteiro foi preso segunda-feira, pela segunda vez na Lava Jato, em São Paulo, e transferido para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

No despacho, Moro também explicou que o pedido de prisão de Léo Pinheiro foi feito em março e que demorou para tomar a decisão para aguardar o andamento das investigações.  Segundo a Agência Brasil, no processo em que a prisão foi cumprida, Pinheiro responde pelo crime de corrupção, pela suspeita de pagar propina ao ex-senador Gim Argello para barrar as investigações da extinta CPI da Petrobras.

Lava Jato: Juiz Sérgio Moro condena dono da construtora UTC a oito anos de prisão

Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom
Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom

O juiz federal Sérgio Moro condenou ontem (24) o empresário Ricardo Pessoa, um dos delatores da Operação Lava Jato, a oito anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção e de pertinência à organização criminosa. Apesar da condenação, Pessoa não cumprirá a pena em função dos benefícios do acordo. Ele já cumpre prisão domiciliar.

Segundo a Agência Brasil, na denúncia, a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) relatou que a empreiteira UTC, chefiada por Ricardo Pessoa, participava de um cartel em empresas que fraudavam licitações e que pagou cerca de R$ 40 milhões a ex-diretores em contratos obtidos com a estatal. Na sentença, Moro destacou a colaboração de Pessoa nas investigações da Lava Jato.Mais >

Temer rebate acusação: “Irresponsável e leviana”

Brasília - O Presidente interino Michel Temer faz pronunciamento no Palácio do Planalto ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Presidente interino Michel Temer faz pronunciamento no Palácio do Planalto – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente interino Michel Temer fez um pronunciamento da manhã desta quinta-feira (16) e classificou as acusações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como “manifestação irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa”.

O conteúdo da delação premiada de Machado foi liberado ontem pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki. No depoimento, o ex-dirigente afirmou que Temer lhe pediu, em 2012, recursos para a campanha eleitoral do então deputado Gabriel Chalita (PMDB) à Prefeitura de São Paulo. Em resposta, o presidente disse hoje que não deixará “passar em branco” as acusações.Mais >

Sérgio Moro marca audiência para ouvir Palocci, Mantega e Edinho Silva

 Juiz federal Sérgio Moro/ Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Juiz federal Sérgio Moro/ Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O juiz Sérgio Moro marcou para o dia 22 de julho a audiência em que devem ser ouvidos como testemunhas de defesa de Marcelo Odebrecht os ex-ministros Antônio Palocci, Guido Mantega, e Edinho Silva. Eles serão interrogados em São Paulo através de uma sessão de videoconferência com a Justiça Federal em Curitiba.

Moro designou as audiências após a oitiva de três das testemunhas de acusação do processo que remonta à 26ª fase da Lava Jato, que recebeu o nome de Xepa. Foram ouvidos nesta quinta-feira (16) os delatores da Operação Lava Jato Ricardo Pessoa, Walmir Santana e Milton Pascowitch.Mais >

Moro abre ação contra Delúbio, Ronan, Valério e mais 6 por lavagem de dinheiro

Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom
Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom

Em decisão de sete páginas, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP), o operador do Mensalão Marcos Valério e mais seis investigados por lavagem de dinheiro. Todos foram alvo da Operação Carbono 14, desdobramento da Lava Jato, e agora são réus de Moro.

“Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados”, afirmou Moro.

No mesmo despacho, o juiz da Lava Jato acolheu pedido da Procuradoria da República e arquivou imputação de lavagem em relação ao ex-ministro José Dirceu, ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo ao ex-presidente Lula, e aos empresários Milton Schahin e Salim Schahim, ‘por terem mais de 70 anos, o que acarreta a redução pela metade do prazo prescricional e considerando a data do último fato delitivo, em 10/12/2004′.Mais >