“Urânio enriquecido está a salvo e surpresas virão”, diz conselheiro-chefe do líder supremo do Irã


Ali Shamkhani é um dos conselheiros mais próximos do líder supremo do Irã, Ali Khamenei. Os dois estão escondidos em bunkers após os ataques dos Estados Unidos no sábado (21) às três principais bases nucleares do país persa.

Apesar de líderes americanos terem declarado que o programa atômico do Irã foi implodido, Shamkhani disse que a guerra não acabou.

“Mesmo que as instalações nucleares sejam destruídas, o jogo não acabou; os materiais enriquecidos, o conhecimento local e a política permanecerão.”

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Em nota, governo diz que ampolas de urânio, extraviadas em 2023, não têm potencial bélico


NOTA

Peças de desinformação estão tentando relacionar de forma equivocada o extravio de duas ampolas contendo hexafluoreto de urânio (UF6) da Indústrias Nucleares do Brasil a um fornecimento de material nuclear para uso armamentista. No entanto, as ampolas continham cada uma 8 g de hexafluoreto de urânio enriquecido a 4,25%, um nível que não possui margem de aplicação em uso bélico. O Brasil é signatário de diversos instrumentos internacionais nos quais se compromete com a não proliferação de armas nucleares e a utilização exclusivamente pacífica das atividades nucleares no País.

O extravio do material se deu em julho de 2023, quando a Indústrias Nucleares do Brasil INB realizou a transferência interna de ampolas do tipo P10 entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende (RJ). Estas ampolas são pequenos tubos contendo amostras dos cilindros com o material de hexafluoreto de urânio (UF6) utilizado na fabricação dos combustíveis das Usinas Nucleares de Angra 1 e Angra 2. São amostras-testemunho para a comprovação do material contido nos respectivos cilindros.

Ao esgotar as ações internas de buscas no interior das áreas supervisionadas e controladas, escritórios e, principalmente, no trajeto percorrido para transferência dos recipientes, além de outras áreas da Unidade, a INB comunicou o ocorrido à Comissão Nacional de Energia Nuclear, ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e à Polícia Federal. A Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN solicitou esclarecimentos e a apresentação de um plano de ação pela INB.

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O sumiço de duas ampolas com urânio enriquecido na cidade de Resende-RJ em 2023


Por Tania Malheiros

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Polícia Federal (PF) poderiam contribuir para acabar com as especulações que estão ocorrendo no momento nas redes sociais sobre o destino de duas ampolas, que pertenciam ao lote testemunho da 15ª recarga da usina nuclear Angra 2, com 8 gramas de urânio enriquecido a 4,25% em cada unidade.

As ampolas sumiram da Fábrica de Elementos Combustíveis (FEC), da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ), conforme o BLOG noticiou com exclusividade no dia 16/8. Nas redes, diante da guerra Israel e Irã, espalha-se a desinformação de que as ampolas foram para o Irã, que já enriquece urânio a 60%, conforme a AIEA tem divulgado.

“Estas ampolas são pequenos tubos contendo amostras dos cilindros com o material de hexafluoreto de urânio (UF6) utilizado na fabricação dos combustíveis das Usinas Nucleares de Angra 1 e Angra 2. São amostras testemunho para a comprovação do material contido nos respectivos cilindros. São amostras testemunho para a comprovação do material contido nos respectivos cilindros”, informou a CNEN na época.

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