Medo ou lobby de Walter Alves? Vice exige um Estado de cadeado fechado e com dinheiro em Caixa, diferente do que Fátima pegou

A possibilidade de o vice-governador Walter Alves assumir temporariamente o comando do Rio Grande do Norte continua gerando tensões políticas. Nos bastidores, cresceram críticas à postura do vice, acusado por aliados do governo de hesitar diante do chamado “mandato tampão”. Para esses críticos, Walter estaria tentando evitar a responsabilidade administrativa em um momento considerado delicado.

As críticas se intensificam quando comparadas à trajetória da governadora Fátima Bezerra. Ao assumir o Estado em 2019, Fátima herdou salários atrasados, 13º em aberto e contas em situação crítica. Ainda assim, enfrentou o cenário, governou durante a gestão Bolsonaro e agora conclui seu ciclo ao lado do presidente Lula, mantendo folhas em dia e deixando um ambiente fiscal mais organizado do que o encontrado, segundo seus defensores.

Para aliados do governo, o discurso de que o Estado estaria “arrombado” seria parte de um movimento de Walter para se apresentar como figura equilibrada e prudente, enquanto evita assumir o comando em um momento de exposição política. Esses críticos consideram o gesto uma demonstração de insegurança e falta de preparo.

Walter, por sua vez, não se pronuncia diretamente sobre as acusações, mas interlocutores próximos afirmam que a preocupação dele seria evitar assumir uma gestão por um curto período sem condições de implementar ações significativas.

O impasse abre mais um capítulo no xadrez político potiguar, evidenciando a disputa por narrativas e a preparação para o cenário eleitoral que se aproxima.

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.