160 pacientes testam positivo pela 2ª vez para o coronavírus no Ceará

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) monitora 160 pacientes de diferentes regiões do estado que testaram positivo duas vezes para o coronavírus. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Prevenção da Sesa, Ricristhi Gonçalves, inicialmente, havia registro de nove casos de pessoas nessa condição no Ceará. Hoje, há uma lista de 160 pacientes que, segundo ela, “tiveram mais de um episódio de Covid documentado”.

No Ceará, mais 262 mil pessoas foram diagnosticadas com Covid-19 até o momento, segundo a plataforma IntegraSus, da Sesa. No casos das pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus duas vezes, o intervalo entre os episódios foi superior a 21 dias, conforme a coordenadora.

“Isso precisa ser investigado para saber se realmente a pessoa adoeceu, ficou boa e depois adoeceu em um outro momento, numa outra situação, ou se ela adoeceu e esses sintomas permanecem por um longo período”, reforça.

A situação desses pacientes, de acordo com Ricristhi, está sendo analisada por um grupo de infectologistas e epidemiologistas ligados à Sesa e a universidades cearenses. Os profissionais são os mesmos que, em setembro, tiveram um trabalho pioneiro publicado no site Covid Reference, referência internacional no estudo sobre a doença.

No artigo “Sintomas Clínicos Recorrentes de Covid-19 em Profissionais da Saúde: Uma Série de Casos no Brasil”, os pesquisadores descrevem seis casos de pessoas que se recuperaram da doença, mas novamente apresentaram sintomas consistentes, com novos resultados positivos dos testes.

No grupo de 160 pessoas, todas testaram positivo, depois negativo e, posteriormente, voltaram a testar positivo em exames moleculares, os chamados RT-PCR, que identificam o vírus no período em que está no organismo. As possibilidades analisadas são de que essas pessoas podem ter sido reinfectadas pelo vírus ou podem ter uma permanência prolongada da doença.

O parâmetro científico para analisar prováveis reinfeções exige que o paciente tenha feito exames RT-PCR, pois eles permitem que o material seja avaliado de forma adequada. Portanto, não são válidos, para esta finalidade, os testes rápidos.

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