21 de março, Dia Internacional da Síndrome de Down; reflexão sobre a necessidade da parceria entre escola e família para o desenvolvimento da criança

Foto: Divulgação/Apae-BM/Arquivo

O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, faz alusão aos 3 cromossomos no par número 21, característico das pessoas com Síndrome de Down. A data está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo comemorado pelos 193 países-membros da ONU e tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários.

A Síndrome de Down não é uma doença, e sim uma falha genética, que acontece na divisão celular do óvulo, que resulta em um par a mais no cromossomo 21, chamada trissomia. Pessoas com tal síndrome têm os direitos assegurados pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, ratificada pelo Brasil com força constitucional e pela Lei Brasileira de Inclusão.

No Brasil existem aproximadamente 300 mil pessoas com síndrome de Down, segundo dados do IBGE. A inclusão dessas pessoas na vida escolar e profissional aumenta a possibilidade de desenvolvimento, além de reforçar para a sociedade a necessidade de respeito às diferenças, quaisquer que sejam.

“As pessoas com Síndrome de Down têm dado lições ao mundo quanto à inclusão. Hoje, elas estão nos bancos escolares, são professores, empresários, atores, repórteres, vendedores, fotógrafos, dentre tantas outras profissões, ocupando um lugar próprio e digno na sociedade”, informa o secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marco Pellegrini.

Necessidade da parceria entre escola e família para o desenvolvimento da criança

“A educação é um direito de todos e considera o indivíduo na sua singularidade, levando em conta suas habilidades e especificidades, respeitando suas limitações”, frisa Denise Vanderlei, psicopedagoga do Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal.

A explicação da educadora leva a uma reflexão sobre a necessidade da educação e do papel de cada um nesta conquista.

“A escola é muito importante para João. Não só para ele, mas para qualquer criança especial. A escola é o lugar onde eles se sentem acolhidos, onde eles veem crianças da idade deles. E isso faz muito bem para todas elas”, diz Chiara Cardoso, mãe de João aluno do Colegio das Neves.

História que inspira

O Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado na sala de Recursos Multifuncionais do Neves, sob a coordenação da psicopedagoga Denise, é um dos pontos chaves para o desenvolvimento do futuro dos estudantes especiais. Frederico Carvalho, portador da Síndrome de Down e ex-aluno Neves, construiu seu futuro a partir da interação vivida nesta sala.

Ele estudou da educação infantil ao ensino médio no Neves e, no último ano de estudos, descobriu, por meio de oficinas de culinária realizadas no colégio, que faria o curso de gastronomia e teve o sonho de abrir o próprio restaurante. Durante as oficinas, ele contava com o apoio da psicopedagoga, do auxiliar e dos seus pais.

Milena Araújo, mãe de Fred, acredita que o voto de confiança e o relacionamento de parceria entre eles e a instituição foram fundamentais para a vida de Fred. Com informações do Governo Federal e G1RN

Fred Carvalho é estudante de gastronomia — Foto: Divulgação

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