430 pagamentos de níveis de policiais militares estão pendentes no Estado

Os policiais e bombeiros militares aguardam a implementação e o pagamento dos níveis de carreira prometidos pelo Governo do Estado. Os planos, que deveriam ter sido implementados este mês, foram prometidos pelo governo para garantir que os policiais trabalhassem ao longo do carnaval. Os policiais ameaçaram paralisar novamente as atividades durante as festividades pelo não cumprimento do acordo, que havia sido firmado em janeiro deste ano, após o fim da Operação Padrão.

De acordo com o diretor da Associação de Subtenentes, Sargentos e Bombeiros Militares (ASSPMBM – RN), Eliabe Marques, o não cumprimento do pagamento provocou reações negativas na tropa. “Essas situações desagradam e deixam a tropa insatisfeita. Os policiais e bombeiros garantiram um dos carnavais mais tranquilos dos últimos anos no Rio Grande do Norte, fizemos a nossa parte e fomos às ruas. É frustrante e revoltante ver que o Governo não está fazendo sua parte do acordo. Tudo que vemos são pessoas dizendo que estão tomando as providências, mas que não garantem datas para que os pagamentos sejam realizados”, afirma Eliabe.De acordo com ele, há 430 pagamentos de níveis pendentes por parte do Governo. Desses, apenas 75 processos foram finalizados e se encontram na Controladoria Geral do Estado há 15 dias. Ao longo desta sexta-feira (16), a diretoria da Associação de PMs visitou diversas secretarias de Estado cobrando providências em relação aos pagamentos atrasados. Além do pagamento dos níveis pendentes, os policiais exigem o pagamento daqueles que foram promovidos em agosto de 2017 e o pagamento retroativo daqueles que foram promovidos em novembro de 2016. “Nós verificamos e vimos que esses processos estão há mais de 78 dias no gabinete do secretário Cristiano Feitosa. O Governo não vem tomando as providências necessárias para que os processos tramitem”, diz.

Por hora, os policiais ainda não têm assembleias marcadas para discutir os atrasos. Eliabe, no entanto, afirmou que caso o Governo não cumpra sua parte do acordo, uma assembleia será convocada “Se for necessário nós vamos chamar os policiais e bombeiros militares para discutir esse descumprimento e as medidas cabíveis que podemos tomar em relação a isso”, afirma o diretor.

No dia 10 de fevereiro, o governo pagou a 87% do funcionalismo – aqueles que recebem até R$ 4 mil. Nesse pagamento, os agentes de segurança pública foram priorizados em todas as faixas salariais, junto com os servidores ativos, inativos e pensionistas das demais categorias que ganham até R$ 4 mil. O Estado ainda busca alternativas para pagar os que recebem acima de R$ 4 mil.

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