A nova geração do Recife, Jovens e mulheres são os preferidos nas pesquisas eleitorais

Foto: Divulgação

Em sã consciência ninguém é capaz de apontar um favorito para vencer as eleições do Recife. Até mesmo os torcedores mais fanáticos dos candidatos não arriscam um palpite certeiro. O prefeito Geraldo Júlio (PSB), que poderia ser um cabo eleitoral importante não deve ser o fiel da balança para ajudar o candidato que apoia: João Campos, 26 anos. Afinal, poucos o amam, embora 42% da população avaliem a sua gestão como regular.

Para o cientista político Antonio Lavareda, a eleição no Recife está aberta. “Podemos esperar um segundo turno com um enfrentamento da esquerda contra a direita”, diz. Ele sustenta esse prognóstico com base nos números do segundo turno da última eleição em 2018, quando Fernando Haddad (PT) teve 52,5% e Jair Bolsonaro (PSL) alcançou 47,5% dos votos na capital. Lavareda acredita que existirá a nacionalização dos debates e que o voto útil possa ser usado agora: “Com maior ou menor grau de consciência as pessoas vão preparar o segundo turno desde já”, explicou o cientista político. Mas há os que ainda acreditam na possibilidade de um segundo turno entre os primos Arraes/Campos.

A amostragem apresentada pela empresa Potencial Pesquisa & Informação exibe um ligeiro favoritismo da deputada Marília Arraes, com 22% das intenções de votos. Em seguida vem a Delegada Patrícia Domingos, que tem 13%. O deputado João Campos alcança 11%. O ex-ministro Mendonça Filho (DEM), tem 7%. O deputado Túlio Gadêlha (PDT) estava com 3%, mas foi retirado da disputa.

O ingrediente mais peculiar da eleição na capital pernambucana é a juventude que tomou o centro das atenções. Os três primeiros colocados na pesquisa têm menos de 40 anos. A deputada Marília Arraes tem 36 anos, enquanto a Delegada Patrícia, tem 37 anos. O mais jovem do pleito, é o deputado João Campos, que tem apenas 26 anos. Tudo aponta para uma renovação geracional, o que aconteceu nas últimas eleições. Tanto o prefeito Geraldo Júlio, quanto o governador Paulo Câmara (PSB), foram eleitos com pouco mais de 40 anos nos seus primeiros mandatos.

Outro fator que chama atenção são as mulheres. A eleição de uma delas seria uma novidade nunca experimentada no Recife. Marília e Patrícia lideram numa cidade que ainda não teve uma representante do gênero feminino na prefeitura. Para Lavareda, o discurso das mulheres durante a pandemia se fortaleceu. “Entre as consequências da pandemia estão uma agenda feminina e a fragilização das gerações mais velhas”. A tendência é que em todo País mais mulheres e jovens sejam eleitos (VEJA MAIS EM ISTOÉ).

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