Adeus ao Mestre Mário Trajano
Desde quando o conheci, em 2004, ele se tornou um amigo muito carinhoso. Polêmico, de bom discurso, idéias fortes e um conhecimento enciclopédico, era um exemplo de cavalheirismo e doçura, sem nunca deixar de lado os ideais da “revolução”.
Foi, de fato, um dos últimos malucos beleza que nossa geração pôde conhecer.
Em uma das últimas vezes que nos falamos, ele me propunha fazer uma corrente do bem para dizermos “eu te amo” para as pessoas mais próximas. Ainda estava muito abalado com a perda recente da mãe, mas se apegou no conforto de ter conseguido dizer para ela que a amava na última vez em que se falaram.
Eis o teor do áudio que recebi:
“Nós estamos numa situação que nós não temos certeza se estaremos vivos, meu caro, na semana que vem ou mesmo amanhã. Então, digamos eu te amo para as pessoas que a gente ama, sem medo de sermos considerados malucos ou sem medo de sermos considerados piegas”.
Eu te amo, meu amigo-irmão, ex-professor e duplamente colega de advocacia e do magistério jurídico.
Caicó, 28.05.2021.
Síldilon Maia
2 Comentários
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Wesley
maio 5, 2021, 7:06 pm“Dizem os sábios que grandes seres humanos conhecemos pelas ações. “
Julio
maio 5, 2021, 6:43 pmJá vai tarde.