Aécio recebeu propina, diz delator

Foto: Divulgação
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Em sua delação premiada, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que negociou o pagamento de propinas com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), além dopresidente interino Michel Temer.

Os nomes de ambos aparecem em uma lista de 20 políticos que teriam recebido dinheiro do esquema investigado na Lava-Jato, na qual também estão o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PSDB-MA).

O documento, que tem mais de 400 páginas, aponta que seis partidos foram beneficiados pelo esquema de corrupção: PMDB, PT, PSDB, PP, DEM e PC do B. Segundo a delação, tudo foi feito por meio de doação eleitoral oficial ou entregando o dinheiro em espécie.

Aécio Neves deveria renovar base de FHC

Machado contou que em 1998, quando era líder do PSDB no Senado, planejou com o então presidente do partido, Teotônio Vilela, e com Aécio Neves um esquema de pagamentos ilícitos de empreiteiras e de caixa dois para financiar a campanha de cinquenta deputados.

O objetivo era eleger Aécio Neves para a presidência da Câmara em 2000 e montar uma ampla base de apoio para o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no Congresso.

Dos R$ 7 milhões arrecadados, R$ 1 milhão foi destinado a Aécio Neves – parte do dinheiro para a eleição do tucano saiu das obras da usina hidrelétrica de Furnas.

Também em nota, Aécio Neve disse que as acusações são “covardes e mentirosas”, porque Machado quer “apagar” os crimes que cometeu para “conquistar benefícios” na delação premiada.

Temer

Sérgio Machado afirmou que Michel Temer pediu dinheiro para a campanha de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Segundo a delação, o encontro aconteceu em uma base militar em Brasília.

Temer disse que estava com problema no financiamento da candidatura Chalita e solicitou ajuda a Machado, que ofereceu um repasse, por meio de doação oficial, de um R$ 1,5 milhão. O dinheiro sairia da construtora Queiroz Galvão.

Em nota, Temer disse que é “inverídica” a versão de que teria solicitado recursos e que jamais permitiu arrecadação fora da lei, seja para si, para o partido ou para candidatos que apoiou.

PMDB levou R$ 100 milhões

O delator afirmou ainda que, enquanto presidiu a Transpetro, repassou ao PMDB mais de R$ 100 milhões.

Do total, R$ 32 milhões foram para o presidente do Senado,  Renan Calheiros. Outros R$ 18,5 milhões ficaram com ex-senador José Sarney, enquanto R$ 21 milhões tiveram como destino o senador Romero Jucá.

Mais R$ 24 milhões ficaram com o senador Edison Lobão e outros R$ 3 milhões,  em espécie, foram para o senador Jader Barbalho.

Todos eles negam termem participado de esquemas ilícitos.

Sergio Machado também disse que embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam que não conseguiriam doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da subsidiária da petrobras, mas sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro.

1 Comentário

Inácio Augusto de Almeida

jun 6, 2016, 2:52 am Responder

Vai negar. Todos negam. Até o Cachoeirinha negou. Falar em Cachoeirinha todos dele já se esqueceram. Vocês já sabem a punição do Sérgio GRAVADOR Machado? Não? Este LADRÃO foi apenado com três anos de tornozeleira, mas com direito a saída nos dias especiais. Dia da mães, dos pais, da Pátria, Natal, Sexta-feira Santa, enfim, são tantos os dias que ele poderá circular livremente para continuar nos furtando que melhor é escrever os dias em que ele ficará em casa lendo o blog do Jair Sampaio. As nossas leis são lindas. Tao linda que permitem que condenados por prática de improbidade, vou repetir, CONDENADOS POR PRÁTICA DE IMPROBIDADE possam ser candidatos na próxima eleição. E como os Tribunais de Justiça não julgam os recursos tudo fica no 0 X 0. Contado em que lugar do mundo alguém vai acreditar que um absurdo deste é verdade?
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS A QUALQUER INSTANTE.

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